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Alvaro Dias expõe números que revelam o abismo da desigualdade social no Brasil

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senador paranaense Alvaro Dias, do Podemos

“Há um contraste gritante, assustador, perturbador no Brasil. Um contraste da pobreza nacional com as riquezas naturais deste País, mas há também esse contraste entre o discurso de alguns e a realidade vivida por muitos dos brasileiros”. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias, em pronunciamento nesta semana, ao falar sobre as enormes desigualdades existentes no Brasil.

Em seu discurso, o senador Alvaro Dias apresentou alguns exemplos concretos dos contrastes existentes no País. Segundo o senador, 20 milhões de brasileiros vivem com uma renda de até R$ 140 por mês, o que corresponde a quase um Canadá inteiro; 9 milhões, mais do que uma Suíça, vivem com até R$ 70 por mês, abaixo da linha da pobreza; a metade dos brasileiros vivem com até um salário mínimo por mês, mais do que uma Alemanha; 68% dos nordestinos vivem com menos de um salário mínimo por mês.

“Se avançamos um pouco, vamos verificar que 35 milhões de brasileiros, portanto mais do que um país como o Canadá, não possuem acesso à água tratada; 17 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de lixo, portanto uma Holanda; 100 milhões de brasileiros não possuem acesso ao saneamento básico, portanto, mais uma vez, uma população semelhante à da Alemanha sem acesso ao esgoto sanitário; 4 milhões, uma Nova Zelândia, não têm sequer um banheiro em casa. Portanto, esse é um cenário devastador. De cada quatro brasileiros, um vive do Bolsa Família. Em alguns Estados brasileiros do Nordeste, mais de 50% da população vive do Bolsa Família.
Portanto, há uma pobreza instalada no Brasil que contrasta com a riqueza desta Nação”, disse o senador.

Para Alvaro Dias, a triste realidade do País impõe um grande desafio para os futuros governantes. “É, sem dúvida, o desafio maior promover reformas que possam reduzir desigualdades sociais, que possam nos retirar desse cenário de vergonha e de impotência diante dos problemas que afligem as camadas mais pobres da população, já que este País mergulhou num oceano de dificuldades sem precedentes.
A crise está instalada. Nós saímos de uma recessão, que foi a maior dos últimos 50 anos. Nós estamos vivendo o maior desemprego dos últimos 25 anos. Na verdade, 54% dos brasileiros em idade de trabalhar não estão tendo oportunidade de trabalhar, 22% dos jovens em idade de estudar e trabalhar não trabalham nem estudam e, dos 90 milhões de brasileiros empregados, apenas 33 milhões possuem a carteira de trabalho – mais de 33 milhões não possuem a carteira de trabalho, portanto sem os direitos sociais indispensáveis”, afirmou.

Artur Hugen, com AI/gabinete/Foto: Thati Martins