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Taxa de desemprego cai para 8,5% no Paraná, diz IBGE

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Agricultura, trabalhadores por conta própria e indústria de transformação contribuíram para o aumento da ocupação

A taxa de desocupação no Paraná ficou em 8,5% no terceiro trimestre do ano, abaixo da registrada no segundo trimestre, que foi de 8,9%. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, foram divulgados nessa sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego no Estado ficou abaixo da média do Brasil, de 12,4% no período. No terceiro trimestre, o Sul teve a menor taxa de desocupação do País, com 7,9%.

“O Paraná contribuiu para que a região Sul tenha a menor taxa de desocupação do País, com destaque para agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Só estes setores tiveram aumento de mais de 21 mil empregados”, diz o secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior.

“Em 2017, o número de desocupados só diminuiu e isso é resultado das políticas acertadas do governo Beto Richa”, afirma.

Setores

A queda no número de trabalhadores desocupados ajudou na queda da taxa de desemprego (indicador calculado com base no número da população economicamente ativa e nos índices de ocupação e desocupação).

No Paraná, a população desocupada teve redução de 5,4% - passando de 533 mil para 504 mil entre o segundo o terceiro trimestre. Este é um dos fatores que compõem a taxa de desemprego (que é formada, também,

O contingente de pessoas que trabalham por conta própria e os trabalhadores da agricultura foram os que contribuíram com a maior parte da queda da taxa de desocupação.

O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o que registrou maior variação positiva no número de trabalhadores, comparada com o segundo trimestre do ano. Passou de 578.000 para 599.000 pessoas, uma alta de 3,63%.

O setor de trabalhadores por conta própria registrou uma variação positiva de 3,54%, passando de 1,298 milhão para 1,344 milhão.

Outros setores que também demonstraram um aumento no número de ocupados no Estado foram os de trabalhadores domésticos, com alta de 3% - de 300 mil para 309 mil. Os trabalhadores de familiares auxiliares aumentaram 2,7%, de 122 mil para 125 mil.

Indústria

A indústria de transformação, um dos setores mais afetados pela crise, também mostrou um aumento no número de ocupados no Estado, segundo a PNAD. A variação com relação ao segundo trimestre de 2017 foi positiva em 1,1%, passando de 902 mil para 911 mil pessoas ocupadas no setor.

Formais

Parte da queda na taxa de desocupação também se deve ao crescimento no número de empregos formais no Estado, de acordo com Suelen Glinski, economista do Observatório do Trabalho, ligado à Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, de janeiro a setembro, o Paraná registrou um saldo positivo de 28.623 empregos com carteira assinada.

De acordo com a PNAD, a média salarial no Paraná ficou em R$ 2.269 no terceiro trimestre - 1,1% mais do que no trimestre anterior, que era de R$ 2.244. Esse resultado também deixa o Estado acima da média salarial do País, de R$ 2.108.

Artur Hugen, com ANE/GPR/Foto: O Presente