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Pepe Vargas conversa com população sobre retirada de Direitos dos trabalhadores

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O parlamentar esteve no sábado, no bairro Serrano, em Caxias do Sul, conversando com a população sobre a necessidade de lutar contra a tentativa do governo de retirar direitos trabalhistas

O deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) esteve no bairro Serrano, em Caxias do Sul, na tarde de sábado (17) distribuindo material informativo e convocando os trabalhadores para aderirem ao Dia de Mobilização contra a reforma da Previdência, que será realizado em todo o Brasil nesta segunda-feira (19).  Em Caxias do Sul a concentração será na Praça Dante Alighieri, a partir das 9h. 

Conforme Pepe, que integrou a Comissão Especial da Reforma daPrevidência na Câmara dos Deputados e votou contra o parecer do relator, a medida atinge os setores público e privado, à exceção dos militares. “Muitos trabalhadores nunca conseguirão se aposentar.

E os jovens precisarão ter a sorte de nunca ficarem desempregados”, afirmou, acrescentando que a proposta do governo acaba com a regra 85/95, que possibilita que os trabalhadores que começam a trabalhar mais cedo aposentam-se mais cedo, recebendo 100% do salário.

"Hoje com 55 anos, uma mulher com 30 anos de contribição aposenta-se com 100% do valor, graças à regra 85/95. Com a reforma, a regra será extinta".

Pepe também observou que Temer omite informações para dizer que a Previdência é deficitária. Segundo o deputado, o governo considera apenas a contribuição de trabalhadores e empresas para calcular o resultado da Previdência, mas é preciso contabilizar também a arrecadação de outras contribuições sociais, como a CSLL (Contribuição Sobre Lucro Líquido), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e PIS/Pasep. O saldo positivo em 2010, por exemplo, foi de R$ 56,7 bilhões, em 2012 de R$ 78,1 bilhões, em 2014, de R$ 56,4 bilhões e 2015, o superávit foi de R$ 20,1 bilhões, apesar das desonerações tributárias. Conforme a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), as isenções de impostos concedidas pelo governo a empresas também fizeram com que a Previdência deixasse de arrecadar no ano passado R$ 69,7 bilhões.

Artur Hugen, com AI,Claiton Stumpf/Fotos Claiton Stumpf