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Comissão do Endividamento agrícola volta a se reunir nesta quarta-feira

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Agora, vamos alinhar e unificar essas informações e buscar os dados que ainda estão pendentes”, destacou o coordenador da CEXAGRI, deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS)

A Comissão Externa sobre o Endividamento Agrícola (CEXAGRI) da Câmara dos Deputados volta a se reunir nesta quarta-feira (14), a partir das 14h, no Plenário 10 (Anexo II). No encontro, os parlamentares farão um balanço dos primeiros pedidos de informações encaminhadas pelo colegiado aos diversos órgãos de governo.

Também serão definidos os próximos passos da Comissão Externa, que pretende realizar uma série de audiências públicas nos estados. “Individualmente, eu e os meus colegas já estamos colhendo informações junto aos produtores rurais e integrantes do governo. Agora, vamos alinhar e unificar essas informações e buscar os dados que ainda estão pendentes”, destacou o coordenador da CEXAGRI, deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS).  

A Comissão Externa tem como objetivo verificar as causas do endividamento do setor agrícola, o elevado custo dos seus financiamentos, a bitributação previdenciária incidente sobre a folha de pagamento dos funcionários e as condições de importação dos alimentos.

Artur Hugen, com AI/Apolos Paz/Foto: Apolos Paz

Em evento com o deputado Jerônimo Goergen, presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito expõe dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais

Na última semana, o deputado federal Jerônimo Goergen, que coordena a Comissão Externa sobre o Endividamento Agrícola da Câmara dos Deputados, participou de uma reunião promovida pela Associação dos Agricultores de Dom Pedrito - AADP.

Na ocasião, o presidente da Associação e Sindicato Rural de Dom Pedrito, Luiz Augusto Gonçalves de Gonçalves, que estava entre as autoridades convidadas, falou ao deputado e aos agricultores presentes das injustiças que com frequência sofre o produtor rural, em todos os aspectos, econômico, legal e ambiental, e disse que neste ano eleitoral, candidatos só terão apoio se de fato fizerem a diferença em favor da classe. “Chega de ‘sócio oculto’. O produtor não aguenta mais esse ‘sócio oculto’, que é o governo, tanto estadual, quanto federal”, disse Gonçalves, que complementou: “Ano após ano, nós produtores apagamos incêndios. Chega disso! Precisamos de um plano que nos favoreça, que nos permita renda, logística. Produtor tem que ter estímulo para estar no campo. Não podemos mais depender somente do município, para qual o governo repassa o mínimo. Essa pirâmide tem que ser invertida”, concluiu.

Na mesma semana, Gonçalves e o presidente da AADP, Cristiano Cabrera, estiveram em Brasília, durante dois dias, reunidos com representantes políticos e seus assessores, a fim de levar a eles algumas pautas, cuja solução julgam imediata. 

Entre as demandas encaminhadas pelos dirigentes estão: a extinção do Funrural, a securitização das dívidas dos agricultores, a desoneração tributária, e, sobretudo, a criação de um plano que compense e garanta no futuro renda e estabilidade ao produtor rural. “Não podemos mais continuar como estamos. O agronegócio está sendo negligenciado pelo governo em todos os aspectos”, afirmou Luiz Augusto.

Outros assuntos que também foram abordados, segundo o presidente da Associação e Sindicato Rural, foram o apoio ao pacto federativo, para que haja uma inversão da pirâmide, e os municípios sejam os primeiros a receber os repasses financeiros, a fim de investir em estruturas como, por exemplo, estradas, e a solicitação para que o BNDES passe a financiar de forma subsidiada o agronegócio, com o intuito de que o produtor possa ter condições de estocar o produto em sua propriedade. “Por isso, precisamos de um plano. Não basta securitizar ou renegociar dívidas, é necessário algo maior que nos dê mais possibilidades. O produtor brasileiro tem produzido cada vez mais, alimentado o mundo, e está cada vez mais pobre. Precisamos de renda”, enfatizou Gonçalves.

Artur Hugen, com AI/Graciela Freitas/Foto: Douglas Peralta