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Em audiência pública, Dalirio questiona ao presidente do Banco Central, as altas taxas bancárias

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Segundo o presidente do BC, algumas medidas dependem do Poder Legislativo, como a aprovação do projeto que trata do cadastro positivo de consumidores, que é de autoria do senador Dalirio Beber. E, mais Dalirio prestigia posse de Lummertz

O senador Dalirio Beber (PSDB-SC) participou nesta terça-feira (10) de audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com a presença do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

De acordo com Goldfajn, o índice de inflação, medido pelo IPCA, deve fechar em 3,8% em 2018. São esperados 4,1% para 2019 e 4% para 2020.

Para o senador Dalirio, a apresentação de Goldfajn foi bastante positiva, mas o que se vê são ainda, são os juros altos que preocupam a sociedade brasileira.

“A sua apresentação nos dá esperança de recuperação da economia, mas apesar de vermos a queda da Taxa Selic e da Inflação, o sistema financeiro, concentrado em torno de cinco ou seis bancos não tem ido ao encontro daquilo que o Banco Central tem feito com relação à redução taxa Selic. O Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, por exemplo, como agentes do governo, não deveriam reduzir suas altas taxas praticadas?”, questionou Dalirio. Outros senadores também cobraram ações do Banco Central para que o brasileiro finalmente sinta no bolso os benefícios de uma conjuntura econômica mais favorável.

O presidente do Banco Central afirmou que as taxas de juros bancários estão com viés de queda, assim como o spread, que é a diferença entre a remuneração paga pelo banco ao aplicador e o quanto a instituição cobra para emprestar o mesmo dinheiro. Todavia, o ritmo não é o adequado”.

“Isso não significa que estamos satisfeitos com a velocidade de queda. Queremos redução mais rápida para que tenhamos logo crédito mais barato para famílias e empresas. Esse é um assunto da maior importância e é uma preocupação do Banco Central”, disse Goldfajn.

Conforme o presidente do BC, o ambiente doméstico da economia está ancorado em três momentos positivos: a queda de juros, a redução da inflação e a recuperação consistente da atividade econômica.

Taxa Selic

Ilan Goldfajn avaliou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve promover mais um corte na taxa básica de juros (Selic), que está em 6,5%, menor patamar histórico, para depois estabilizar o índice.

“Para reuniões além da próxima [prevista para maio], salvo mudanças adicionais relevantes, o comitê vê como adequada a interrupção do corte de juros. Os próximos vão depender da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”, informou.

Autonomia

O presidente do Banco Central defendeu a autonomia da instituição. Segundo ele, é algo que já existe na prática, mas que precisa ser normatizada. Caso aprovada, para Ilan, representaria um avanço importante para o Brasil, resultando na queda do risco país e do risco estrutural da economia. “Temos que criar instituições que dependem menos de pessoas e mais de regras”, argumentou.

Concorrência

Ainda segundo Ilan, o BC tem se empenhado em ações para baixar o custo do crédito, atacando de forma estrutural as causas que tornam alto o custo do alto no país, como altos custos operacionais dos bancos, falta de boas garantias, subsídios cruzados, altos compulsórios, falta de estímulo à concorrência, entre outros fatores.

“Trabalhando com serenidade vamos avançar [...] Não há atalhos. Não adianta achar que problemas de décadas serão resolvidos de uma hora para outra”, disse Goldfaujn.

Ainda segundo o presidente do BC, algumas medidas dependem do Poder Legislativo, como a aprovação do projeto que trata do cadastro positivo de consumidores, que é de autoria do senador Dalirio Beber. O texto já passou pelo Senado e está para ser analisado pela Câmara dos Deputados.

Dalirio participa da posse de Vinicius Lummertz em Brasília

O senador Dalirio Beber (PSDB-SC) participou da cerimônia de transmissão do cargo, realizada no auditório do Ministério do Turismo, na tarde desta terça-feira (10), no Palácio do Planalto, em Brasília, que marcou a posse do novo ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

A solenidade, que lotou o auditório, contou com a participação de empresários e lideranças dos diversos segmentos do turismo e representantes da bancada federal de Santa Catarina, que aplaudiram de pé o discurso do novo ministro.

“Minha equipe, e eu, parabenizamos o amigo, que com certeza, desempenhará com profissionalismo e responsabilidade, mais essa importante missão, na sua rica carreira profissional. Reconhecemos e reiteramos a sua competência, o seu preparo, e seu amor ao turismo, à Santa Catarina e ao Brasil. “Uma cidade sem cultura é um mero depósito de gente, sem destino e sem futuro!”, frase de Luiz Henrique da Silveira, que se vivo estivesse, também estaria comemorando conosco a sua posse, que só engradecerá o turismo brasileiro”, disse o senador Dalirio.

AGENDA - Lummertz acredita que a melhoria dos processos deverá impactar positivamente para a geração de empregos no país. “Esse é um setor que dá respostas rápidas às reformas e a previsão é a geração de dois milhões de empregos com o Brasil + Turismo”. O ministro ainda reforçou as chamadas novas fronteiras do turismo utilizando como exemplos os parques e orlas brasileiros, além das cidades históricas. O novo ministro agradeceu o apoio do trade turístico com quem pretende trabalhar para desenvolver a atividade e fortalecer a economia do turismo.

O ministro ressaltou a importância de conquistas recentes para o turismo como a política de “céus abertos” para o fim do limite de voos entre Brasil e Estados Unidos e a concessão de vistos eletrônicos além da necessidade de avanço no projeto em tramitação no Congresso Nacional que prevê a abertura das companhias aéreas para o capital estrangeiro, mudanças na Lei do Turismo, além da modernização da Embratur para fortalecer o turismo interno e a imagem externa do Brasil. “Precisamos construir uma grande imagem do Brasil para criarmos condições de atrair investimentos”, defendeu.

Artur Hugen, com AI/Gabinete/Fotos: Wesley Gerdan/Divulgação