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Aprovado PAN de 41 espécies ameaçadas

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Plano de ação publicado no Diário Oficial da União desta semana contempla espécies do Cerrado e do Pantanal, na foto: Sapajus cay: proteção

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovou Plano de Conservação Nacional (PAN) com 41 espécies ameaçadas dos biomas do Cerrado e Pantanal. O PAN para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção da Ictiofauna, Herpetofauna e Primatas do Cerrado e Pantanal, publicado no Diário Oficial da União, será coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios do ICMBio e parceiros.

O plano tem por objetivo influenciar políticas públicas, em diferentes esferas do governo, visando incorporar medidas de proteção. Um outro ponto previsto pelo plano é a integração das espécies ameaçadas ao seu habitat em um prazo de cinco anos. A medida também prevê a diminuição da caça das espécies no mesmo período. A redução da degradação do habitat e a restauração da fauna também estão dentre os objetivos previstos.

Na lista está o macaco Sapajus cay (foto), que não é endêmico ao Brasil, ocorrendo também na Argentina, Bolívia e Paraguai. As principais ameaças identificadas para a espécie foram incêndio, assentamentos rurais, agricultura, pecuária, expansão urbana, vulnerabilidade a epidemias, desmatamento, aumento da matriz energética e rodoviária, desconexão e redução de habitat, poluição de ambientes, caça e apanha. Suspeita-se que seu declínio populacional seja maior que 30% nas últimas gerações.

OFICINAS

Em outubro do ano passado, foi realizada uma oficina para elaboração do PAN, que contou com a participação de diversas instituições, como universidades, órgãos federais e estaduais de meio ambiente, ministérios públicos estaduais, organizações não governamentais e empresas públicas de pesquisa energética e agropecuária, totalizando 42 participantes. Antes, em setembro, houve oficinas preparatórias na PUC Goiás. A partir de agora, os esforços serão desenvolvidos no sentido de concretizar as ações para reduzir o risco de extinção das espécies-alvo e as ameaças aos seus habitats.

Artur Hugen, com MMA/Foto: Bernard DUPONT/ Creative Commons