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Brasil busca aumento do fluxo de turistas indianos

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Rafael Felismino, da Embratur; representante da Embaixada do Brasil na Argentina Guilherme Belli; Vinicius Lummertz, ministro do Turismo; Rafael Luisi, MTur, e ministro de Turismo da Índia

A pedido do Ministério do Turismo, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) vai preparar uma agenda de trabalho que incluirá visita à Índia de grupo composto por autoridades e lideranças do trade turístico nacional.

O principal objetivo é alavancar o fluxo turístico daquele país – um dos maiores do mundo – para o Brasil. No ano passado, mais de 34 milhões de indianos viajaram para fora do país. Deste total, pouco mais de 24 mil estiveram no Brasil.

Para o ministro do Turismo do Brasil, Vinicius Lummertz, o potencial de crescimento é imenso. E o Brasil deve buscar soluções para aumentar esse fluxo, bem como trabalhar em conjunto com governantes e iniciativa privada indiana, para, também, aumentar o fluxo de brasileiros em direção a Índia.

Lummertz sugeriu ao ministro indiano, K. J. Alphons, um outro encontro entre as duas partes, desta vez em São Paulo. A agenda foi definida nesta terça-feira (17) em Buenos Aires, durante a reunião dos ministros de turismo do G-20, que reúne os países com economia mais forte em todo o mundo.

“Todos os que estão aqui sabem que o turismo será a grande alavanca de empregos nessa aceleração do desenvolvimento das novas tecnologias. Dentro desse quadro, é preciso avançar e buscar parcerias para mover grandes fluxos, em especial entre os países que têm grande potencial a mostrar e mercado para conhecer novos destinos”, resumiu o ministro. Lummertz sugeriu ao representante da Índia que solicite ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil um pedido para que os indianos possam ter a possibilidade de solicitar vistos eletrônicos para entrar no País, a exemplo do que fazem hoje turistas norte-americanos, canadenses, japoneses e australianos. O ministro brasileiro apontou ainda dificuldades a serem superadas, como a baixa conectividade aérea entre os dois países.

O assessor de Gestão Estratégica da Embratur, Rafael Felismino, acredita que apesar do enorme desafio, será possível aumentar esse fluxo. “Hoje, a Índia não é um mercado emissor importante para o Brasil. Mas, pode vir a ser. Dentro desse contexto de BRICS, temos grandes países com enorme potencial. É importante começar um processo de crescimento mútuo, trabalhando mais fortemente com esses países”, comentou Rafael.

A comitiva brasileira participa do encontro de ministros do Turismo do G-20 e da 18ª Cúpula do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), em Buenos Aires, na Argentina. No encontro de ministros, o foco da discussão é o turismo como instrumento prioritário para a criação de empregos.

Embratur e MTur avançam no fortalecimento do turismo brasileiro

Representantes da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e do Ministério do Turismo estiveram presentes no encontro de ministros do Turismo do G-20 e da 18ª Cúpula do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), no início desta semana, em Buenos Aires.

Na ocasião, foi assinada a carta “O Futuro do Trabalho” que aborda o papel de liderança do turismo no desenvolvimento sustentável e na condução da geração de empregos.

O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, que junto aos outros representantes do G-20, se reuniu com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, ressaltou que a expectativa é que o Brasil passe de 6,6 milhões de turistas internacionais, em 2017, para 12 milhões, em 2022.

"Estamos trabalhando em uma importante agenda de reformas em nosso País. Especificamente no turismo, conseguimos duas grandes vitórias recentemente: a aprovação do trabalho intermitente e a implantação de vistos eletrônicos para atrair turistas de países prioritários. Agora trabalhamos para aprovar o projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional que prevê a transformação da Embratur em agência, a abertura total de capital estrangeiro das empresas aéreas e a modernização da Lei Geral do Turismo. Todas essas medidas farão o Brasil dar um salto não só em sua participação no mercado mundial de viagens, mas também no desenvolvimento de sua economia e, principalmente, na geração de empregos”, afirmou Lummertz.

Estimativas da WTTC indicam que até 2028 o PIB de viagens e turismo crescerá 2,6%. Atualmente, de cada dez empregos um é criado pelo turismo. No Brasil, o setor emprega sete milhões de pessoas.

Artur Hugen, com MTur/Fotos: Divulgação