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Plano ABC deve contribuir para redução de CO² em 40% até 2020

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Comparação se refere ao ano de 2005. Compromisso voluntário do país foi assumido na Conferência do Clima, em Copenhague

No Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta terça-feira, 5, o Brasil tem motivos para celebrar. Em 2010, quando foi lançado o Plano ABC ( Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) 3 milhões de hectares atendiam aos requisitos de produção agrícola sustentável.

Em 20016, segundo dados da Embrapa, a área foi ampliada para 11,5 milhões de hectares ocupados com a integração LPF – Lavoura, Pecuária e Floresta – e que contribuem com a redução de 35,1 milhões de toneladas de CO² na atmosfera

O Plano ABC tem vigência até 2020, quando o país deverá ter reduzido em cerca de 40% a emissão dos gases de efeito estufa, na comparação com 2005, segundo compromisso assumido voluntariamente na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 15), realizada em 2009, em Copenhague, Dinamarca.

O Plano ABC oferece linha de crédito ao produtor rural para desenvolver sua atividade com menos impacto ambiental sendo composto por sete programas, seis referentes às tecnologias de mitigação e um com ações de adaptação às mudanças climáticas:

Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio(FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais e Adaptação às Mudanças Climáticas.

Desde 28 de março deste ano, entrou em operação a Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Agropecuária - Plataforma ABC, resultado da parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa e Ministério do Meio Ambiente.

A plataforma monitora as emissões de gases de efeito estufa - (GEE) na agropecuária, assim como o estoque de carbono no solo.

Outro item significativo na evolução da preservação ambiental é a comparação da área desmatada versus produção pecuária na Amazônia.

A curva de crescimento da área desmatada (legal e ilegal) alcançou o ponto máximo em 2004 com 2,750 milhões de hectares. Essa curva acompanhava o aumento da produção de gado com 55 milhões de cabeças.

Dez anos depois, em 2014, a produção de gado, que seguiu ampliando, era de 59 milhões de cabeças, mas a área de desmatamento legal decresceu para 500 mil hectares. Os dados são do Ministério da Agricultura e do IBGE. 

Prévia do censo agropecuário do IBGE revela comportamento a partir de 2006, quando havia sido feito o último levantamento

A população rural está envelhecendo e os mais jovens continuam a migrar para centros urbanos de acordo com prévia do censo Agropecuário 2017 que deverá ser divulgado no próximo mês de julho ou agosto pelo IBGE. Pessoas com mais de 65 anos representam 21,4% dos moradores de áreas rurais, sendo que em 2006, quando foi realizado o último levantamento representavam 17,52%.

Enquanto isso, os mais jovens, com idade entre 25 anos e 35 anos, são 9,48% do contingente, bem abaixo dos 13,56% do censo anterior. O grupo entre 35 e 45 anos de idade encolheu para 18,29%, quando em 2006 era de 21,93%.

Na faixa de 55 a 65 anos houve aumento de quatro pontos percentuais, passando de 20% para 24%. Os dados ainda parciais foram apresentados pelo coordenador do Censo Rural, Antonio Florido, em audiência na Câmara dos Deputados. “Em 23 de maio, registramos 5.067.656 estabelecimentos recenseados de um total previsto de 5.254.953 propriedades e podemos perceber o envelhecimento da população rural”, afirmou.

“Detectamos também um aumento do número de recursos de aposentadorias e pensões no campo, o que reforça os dados de faixa etária confirmando que a população rural envelheceu, mesmo”, comentou o coordenador da pesquisa.

Sucessão familiar
Em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo (SMC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento repassou R$ 1,5 milhão para capacitar jovens do meio rural e do setor pesqueiro catarinense.

São 13 cursos, com duração de 18 meses para capacitar 350 jovens catarinenses, beneficiando indiretamente cerca de 2 mil pessoas.

Baseado em liderança, gestão e empreendedorismo de jovens rurais, no âmbito do associativismo e do cooperativismo, as aulas são ministradas em 13 centros de treinamento da Epagri, abrangendo dezenas de municípios. Um dos principais temas da capacitação é o conteúdo sobre Sucessão Familiar para estimular a participação e a permanência dos jovens no campo e na atividade pesqueira.

Na conclusão de todos os cursos, os alunos devem preparar um plano de negócio, o Plano de Vida. Os melhores trabalhos serão premiados com recursos para implementação dos projetos, que contarão com assessoria da equipe de extensionistas rurais da Epagri.

Artur Hugen, com Coordenação-geral de comunicação social do Mapa/Foto: Divulgação

Abaixo: Veja o gráfico População rural envelhece e jovens são minoria no campo