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Edição 2018 estimula doação de peças para aquecer inverno de crianças

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Campanha do agasalho centraliza esforços na doação de roupas para ajudar crianças carentes

Quem nunca deixou uma roupa guardada no armário, imaginando que ela seria usada no futuro? No entanto, depois de um tempo, percebe-se que a peça ficou mais um ano guardada no fundo do roupeiro.

A Campanha do Agasalho 2018, lançada oficialmente nesta segunda-feira (4), em Porto Alegre, pretende incentivar que essas roupas sejam doadas para aquecer o inverno de quem mais precisa.

Com o tema O seu guarda-roupa esconde verdadeiros tesouros, a campanha mostra que aqueles agasalhos que perdem o valor para alguns, têm muito valor para outros. E que um pouco de carinho e atenção são suficientes para fazer esta seleção. A edição 2018 pretende arrecadar qualquer tipo de roupa, com enfoque maior nas infantis, que registram menor doação. A expectativa este ano é recolher  entre 340 e 350 mil peças.

Na Sala da Música do Multipalco do Theatro São Pedro, o conceito desta edição foi apresentado para convidados e imprensa durante o encerramento do 4º Encontro de Primeiras Damas, organizado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS), pasta comandada pela secretária extraordinária Maria Helena Sartori.

Toneladas são arrecadadas anualmente e destinadas para quem precisa enfrentar o rigoroso frio do inverno gaúcho. Só que a maioria são roupas para adultos. Por isso, a Defesa Civil, responsável pela Central de Doações que funciona o ano inteiro no Centro Administrativo do Estado, quer mudar a realidade e está concentrando esforços na doação de vestuário infantil. O governo entende que existe um hábito entre amigos e familiares de passar essas roupas adiante, mas alerta que muitas crianças ainda passam frio.

Além de agasalhos, é possível entregar alimentos não-perecíveis, cobertores e materiais de higiene. Os donativos podem ser levados à Central de Doações da Defesa Civil, na capital, ou a uma das nove coordenadorias regionais em funcionamento no Estado - responsáveis pela triagem, separação e distribuição a municípios, instituições e entidades.

O subchefe da Defesa Civil Estadual, coronel Jarbas Ávila, falou da expectativa de arrecadação na campanha deste ano. "Considerando que tivemos três anos de aumento nos números - e quando a gente fala em arrecadação, também está falando em distribuição -, contamos com uma média acima de 300 mil itens, tentando atingir entre 340 e 350 mil peças", enfatizou.

Segundo o órgão estadual, em 2015 foram arrecadados 246.747 agasalhos; em 2016, 310.231; e em 2017, 325.940. "Ressaltamos que, para 2018, precisamos focar nas crianças. Existe a tendência de doação para pessoas mais próximas e, por isso, as peças não chegam até nossa Central de Doações  nem aos municípios", reforçou Ávila.

Corrente do bem

"A Campanha do Agasalho é uma corrente do bem para ajudar a vencer a desigualdade. Solidariedade é resgatar a autoestima e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos ser educados para a solidariedade e o voluntariado, para termos uma sociedade melhor. Quem doa está fazendo a corrente do bem", destacou o governador José Ivo Sartori.

Para Maria Helena Sartori, a iniciativa não compete com as ações municipais e auxilia os municípios a ampliarem o resultado. "A gente sabe que, quando o frio chega, as pessoas vão olhar no seu guarda-roupa e ver o que elas têm para usar, mas também podem encontrar grandes tesouros. Que é aquela roupa que por diversas  situações não é mais usada e que pode amenizar o frio de quem necessita", enfatizou.

Caça aos tesouros

Durante o lançamento, foi apresentado o vídeo oficial da campanha. inspirado no faz-de-conta que cerca a infância de todo mundo. Trata-se da história de um menino que, ao procurar roupas para doar, embarca numa aventura pirata à caça de verdadeiros tesouros.

O ator mirim do filme e tenista Pedro Neves de Mello fez a encenação da busca ao tesouro durante o evento e, junto com a secretária Maria Helena Sartori, colocou dentro da caixa de coleta a primeira doação da jornada solidária.

jingle oficial foi interpretado pelo Coral Carlos Bina Sogil, de Gravataí. O grupo faz parte de um projeto extracurricular, pedagógico e de inclusão social desenvolvido em parceria com a Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Bina e a Sociedade de Ônibus Gigante (Sogil).

Recordista

O Gabinete de Políticas Sociais e a Defesa Civil Estadual homenagearam o município que mais arrecadou agasalhos em 2017. Carlos Barbosa, na Serra, foi a cidade com maior número de donativos, suprindo a necessidade da comunidade e ainda ajudando outras cidades.

Artur Hugen, com Secom/GRS/ Fotos: Karine Viana/Palácio Piratini

Confira os pontos de coleta: - Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), na Av. Borges de Medeiros, 1501 – Porto Alegre; - Órgãos públicos estaduais; - Quartéis da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul; - Supermercados Zaffari; - Unidades do Sesc/Senac no Estado; A Defesa Civil também faz o recolhimento mediante agendamento pelo telefone (51) 3288-6781.

Combate à sonegação bate recorde e já supera R$ 1 bilhão em 2018

Fiscalização da Secretaria da Fazenda registrou crescimento de 22,5% em relação a 2017  

O combate à sonegação de impostos voltou a bater recordes no Rio Grande do Sul. Entre janeiro e maio deste ano, já são mais de R$ 1,17 bilhão de créditos tributários constituídos pela Receita Estadual, um crescimento de 22,5% frente ao mesmo período de 2017.

Essa é a primeira vez que a marca de R$ 1 bilhão é superada ainda no mês de maio. Nos anos anteriores, o montante havia sido atingido apenas em junho (2017), agosto (2016 e 2015) e novembro (2014).

O desempenho positivo na identificação dos casos de sonegação aponta para uma nova marca a ser alcançada em 2018. "Em 2017, superamos todos resultados anteriores. Ao que tudo indica, será mais um ano de recordes", destacou Mario Luis Wunderlich dos Santos, subsecretário da Receita Estadual. Ao longo do ano passado, a atuação direta sobre os sonegadores superou os R$ 3 bilhões em lançamentos de créditos tributários. Em valores atualizados pelo IGP-DI, o montante é 48,16% superior ao obtido em 2016, quando o volume chegou a R$ 2,054 bilhões.

Dois fatores são apontados por Wunderlich como determinantes para este crescimento significativo obtido a partir de 2017. Um deles está ligado às nomeações da Secretaria da Fazenda de auditores-fiscais e técnicos tributários ocorridas em 2016. "Esses servidores somaram esforços às nossas equipes e já estão amplamente capacitados para executar suas funções, em plena atividade", afirma.

O uso de novas tecnologias também vem sendo intensificado, sobretudo devido ao investimento na plataforma digital Big Data, adquirida no final de 2015 com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O recurso permite cruzar dados das empresas em busca de indícios de evasão fiscal e vem sendo aprimorado gradualmente, potencializando os resultados das auditorias e o fechamento do cerco aos devedores.

Além disso, os programas de autorregularização para os contribuintes, as operações ostensivas de fiscalização, as parcerias com outros órgãos públicos, a revisão dos processos de trabalho e a facilitação do cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes também estão no rol das iniciativas de sucesso.

Foco na autorregularização

Com o propósito de oferecer aos contribuintes a possibilidade de correção de eventuais erros e omissões de modo voluntário, sem o início da ação fiscal, os programas de autorregularização têm se tornado cada vez mais frequentes. Atualmente, estão em vigor dois programas: um voltado ao setor de perfumaria e cosméticos (R$ 10 milhões de ICMS devido), outro destinado a devedores do Imposto sobre Herança e Doações (R$ 26 milhões de ITCD devido). Ambos têm prazo encerramento no próximo dia 15 de junho.

Operações ostensivas

Além de estimular o cumprimento voluntário das obrigações, a Receita Estadual deflagra sistematicamente operações ostensivas de fiscalização para combater a sonegação e proporcionar justiça fiscal e concorrência leal entre as empresas. Alguns exemplos ocorridos em 2018 são a Operação Incassato (empresas de embutidos) e a Operação Isoptera (empresas de móveis).

Artur Hugen, com Secom/GRS/ Foto: Divulgação/Sefaz