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Brasil reconhece sítios para extinção zero

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Entufado baiano: ameaçado

Os Sítios da Aliança Brasileira para Extinção Zero, chamados de Sítios BAZE (sigla em inglês), foram reconhecidos pela Portaria nº 287, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O dispositivo reconhece as áreas que abrigam os últimos refúgios de espécies ameaçadas de extinção, nas categorias "em perigo" ou "criticamente em perigo", e cuja distribuição geográfica seja restrita a um ou poucos locais muito próximos entre si.

O objetivo é auxiliar no direcionamento de políticas públicas e esforços de conservação para essas áreas, frente ao risco iminente de extinção das espécies. O próximo passo será a publicação do mapa de Sítios BAZE, atualizado em 2017 a partir da Lista Oficial de Espécies da Fauna e Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Entre elas, está o entufado baiano (Merulaxis stresemanni), classificado como criticamente em perigo. 

A Portaria internaliza essa estratégia de conservação na legislação do País e fortalece, assim, a Aliança Brasileira para Extinção Zero, iniciada em 2006 e inspirada em uma iniciativa global criada seis anos antes, a Aliança para Extinção Zero (AZE). A AZE reúne instituições que identificam e protegem os últimos refúgios de espécies ameaçadas e subsidia o estabelecimento de estratégias e políticas de conservação da biodiversidade em diversos países. 

Metas

A iniciativa contribui para o alcance das Metas de Aichi da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em especial as de número 11, voltada para a conservação de áreas de particular importância para a biodiversidade, e de número 12, com foco em evitar a extinção de espécies. Essas metas foram definidas em nível global, no âmbito da CDB, e devem ser atingidas até 2020.

O Brasil também tem conduzido discussão com outros países megadiversos, em busca do reconhecimento dos esforços da Aliança para Extinção Zero como ferramenta para acelerar o cumprimento das Metas de Aichi. No início do mês, em Montreal, a delegação brasileira conseguiu que a iniciativa fosse incluída na recomendação que será apreciada pelas nações signatárias da CDB na próxima Conferência das Partes, a COP 14, que ocorrerá em novembro, no Egito. 

Artur Hugen, com Ascom MMA/Foto: Ciro Albano/MMA