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Memorando assinado com Aeronáutica visa operação de sistemas espaciais e de observação do solo

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Documento assinado pelo ministro Blairo Maggi e pelo comandante da Aeronáutica

Memorando de entendimento para a implementação e operação de sistemas espaciais e de observação do solo foi assinado nesta semana entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, e o comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato.

“É o começo de uma parceria entre o Mapa e o Ministério da Aeronáutica para o futuro. A Embrapa já faz esse trabalho de análise do solo através do mapeamento por satélites. Com a assinatura desse memorando, vários projetos poderão avançar e, com isso ganham, a agricultura e a população brasileira”, disse o comandante da Aeronática.

A assinatura sucedeu reunião ocorrida em junho entre o secretário-executivo do ministério e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Eumar Novacki, e do chefe geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, com o major-brigadeiro, Jefson Borges, Chefe da Área de Planejamentos Operacionais do Estado-Maior da Aeronáutica, quando trataram de parceria na construção de satélite ótico para atender necessidades militares e civis do país. O satélite deve servir para a Embrapa ampliar o monitoramento das áreas utilizadas pela agropecuária no país.

O projeto do chamado satélite Carponis-1 dará ao país o primeiro satélite de sensoriamento remoto de alta resolução espacial brasileiro. A expectativa é de que seja colocado em órbita em 2021. O satélite faz parte de uma das constelações do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa Espacial Brasileiro e deve integrar as metas estratégicas para a inovação da Embrapa, segundo seu diretor científico Celso Moretti.

Segundo Borges, o interesse das Forças Armadas na parceria deve-se ao avançado estágio que a Embrapa se encontra na área de monitoramento por satélite. Ele destacou, também, que as Forças Armadas pretendem formar um banco de imagens orbitais de alta resolução para compartilhamento com todo o governo federal e têm interesse em tecnologias de catálogo e tratamento de dados desenvolvidas pela Embrapa Territorial.

Agro registra recorde de US$ 59,2 bi em vendas externas desde janeiro

As exportações brasileiras do agronegócio subiram de US$ 56,39 bilhões para US$ 59,2 bilhões entre janeiro e julho deste ano (+5%), valor recorde de toda a série histórica (1997-2018) para o período, conforme o Boletim da Balança Comercial do Agronegócio divulgado pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quinta-feira (9).

O recorde foi obtido em função, principalmente, da elevação do volume das exportações, que subiu 4,3%. O índice de preços das exportações teve incremento de 0,7%.

O agro representou 43,4% do total das vendas externas brasileiras no período analisado. As importações no setor totalizaram US$ 8,3 bilhões no período (-0,6%). Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio nos primeiros sete meses do ano foi de US$ 50,9 bilhões.

O complexo soja foi o principal responsável pelo resultado das vendas externas nos sete meses, somando US$ 27,26 bilhões (+18,5%). As vendas de soja em grão foram de US$ 22,50 bilhões (+17,2%) e tiveram participação de 82,5% no valor total exportado pelo segmento. O montante é recorde da série histórica (1997-2018). As 56,47 milhões de toneladas de soja em grão exportadas também são recorde para o período.

As exportações de farelo de soja também foram recordes em valor e quantidade. De janeiro a julho, foram vendidos ao exterior US$ 4,06 bilhões em farelo de soja (+30,1%) ou o equivalente a 10,3 milhões de toneladas (+17,5%).

Os produtos florestais ficaram na segunda posição dentre os principais segmentos do agronegócio, atingindo US$ 8,11 bilhões, em alta de 27,4%. O principal produto exportado foi a celulose, com US$ 4,94 bilhões (+40,8%), com recorde de 9 milhões de toneladas (+11,0%). De acordo com o boletim da SRI, o produto vem, ano após ano, quebrando recorde nos embarques externos.

Bloco Econômico

A Ásia aumentou sua participação entre os importadores do agro brasileiro. Em 1997, a participação do continente era de 16,1%. Nos últimos dez anos, a participação tem aumentado, atingindo, 51,8%, no acumulado do ano (janeiro a julho).

China é principal mercado

A principal razão para a elevação das exportações para a China foram as vendas de soja em grão. A quantidade subiu de 39,4 milhões de toneladas para 43,9 milhões de toneladas de soja em grão no período em análise.

A participação da soja em grão nas exportações totais à China chegou a 80,6%, o equivalente a US$ 17,55 bilhões.

Entre os países importadores de produtos do agronegócio brasileiro também se destacam a Turquia (US$ 954,05 milhões; +106,5%); Coreia do Sul (US$ 1,16 bilhão; +26,7%); Argentina (US$ 971,47 milhões; +25,6%); França (US$ 804,44 milhões; +17,1%); e Hong Kong (US$ 1,51 bilhão; +16,1%).

Os principais produtos exportados para a Turquia, entre janeiro e julho, foram: soja em grãos, com US$ 463,92 milhões (+ 342,8%) e bovinos vivos, com vendas de US$ 240,85 milhões (+307,6%).

Artur Hugen, com Coordenação-geral de comunicação social/Fotos: Divulgação

Confira o resumo da balança comercial do agronegócio