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Seminário sobre Geoparque em Cambará do Sul (RS), é amanhã

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São as regiões que agregam importância histórica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e científica – definidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como geoparques

Cambará do Sul larga na frente e realiza seminário para abordar o tema. Com a abertura do cenário do Turismo em Cambará do Sul, cujo ícone maior é o Itaimbézinho, a Prefeitura promove o seminário sobre o Projeto Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul.  O início está previsto para as 19 horas no auditório da Casa do Turista, no centro da cidade, amanhã, terça-feira(21).

Haverá palestra com a Secretária de turismo,  Beatris Isoppo Trindade,  que fala sobre Cambará do Sul e sua inclusão no Projeto Geoparque Canyons do Sul; a apresentação do Projeto Geoparque Cânions do Sul e sua relevância para a região, geóloga, Mestre em Consrvação Flávia Fernanda de Lima e ações do Projeto no município, a Geoeducação como eixo precursor das ações, pelo prof., Fabiano Souza que é também o coordenador do Eixo Geoeducação.

O que é Geoparque

O Brasil tem um potencial turístico ainda pouco explorado. São as regiões que agregam importância histórica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e científica – definidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como geoparques.

O conceito é ainda pouco conhecido no país. O Brasil tem hoje apenas um geoparque – o do Araripe, no Ceará, que é o primeiro das Américas. No caso da região sul, incluindo o Parque Nacional de São Joaquim que é uma área delimitada, os Cânions da América do Sul, ali localizados, reúnem os atributos que são necessários para sua inclusão neste seleto grupo, mundo afora.

Para se enquadrar como geoparque, é necessário que a região possua excepcionalidade geológica com importância científica e características únicas, no nosso caso, as belas paisagens. “A Unesco, com a criação dos geoparques, pretende preservar regiões que contam a evolução dos continentes, a herança geológica da Terra. E, ainda, aliar a preservação, necessariamente, ao desenvolvimento social e econômico dessas regiões por meio do Geoturismo”, como explica, Antônio Theodorovicz, coordenador regional do Projeto Geoparks, em São Paulo (SP).

Um Geoparque deve possuir um determinado conjunto de sítios de importância internacional, nacional e/ou regional, que permitam contar e aprender a história geológica da região. Os geossítios são locais de interesse geológico com valor científico, estético educacional ou económico. Um geoparque deve também dar destaque à proteção e divulgação dos valores arqueológicos, ecológicos, históricos e culturais da região.

Os geoparques têm importante papel no desenvolvimento econômico da região em que está localizado, e o turismo é uma alternativa de geração de renda para a comunidade local. Com base no tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável, os geoparques estão organizados pela Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network), fundada em 2004, composta por 64 geoparques distribuídos por 19 países.

Turismo e compromisso 

Para se instituir como geoparque, é necessário que uma região tenha atributos geológicos e paleontológicos extraordinários, a exemplo da Serras Gaúcha-Catarinense. A implantação deve contemplar o turismo e desenvolver a economia local e modificar, assim, a realidade sócio-econômica dos habitantes da região. Os geoparques não estão apenas relacionados à existência de rochas e fósseis. O comprometimento local de participação e envolvimento da comunidade na construção e desenvolvimento são questões vitais para o sucesso do geoparque.

Da Redação, com Edição de Artur Hugen/Fotos/ Divulgação