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Cresce oferta de leitos em cruzeiros. E, mais: Manual vai orientar estruturas náuticas no país

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Na temporada 2018/2019, navios farão 585 escalas na costa brasileira

Bons ventos estão soprando no mercado de cruzeiros marítimos. A próxima temporada de navios na costa brasileira, que começa em novembro, chega com aumento de 13% na oferta de leitos e de 30% nas vendas da maior operadora de viagens do país, na comparação com a temporada passada. Serão ofertadas 496 mil vagas para os roteiros que terão 585 escalas nos principais destinos litorâneos do país.

“O setor de cruzeiros marítimos é de grande importância para o desenvolvimento do turismo, pois gera fluxo turístico e movimenta a economia dos destinos por meio das várias escalas feitas no litoral brasileiro”, comenta o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. Na temporada 2018/2019, pelos menos 14 portos de sete estados serão escalas dos navios – entre eles estão os do Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Maceió, Fortaleza e Portobelo (SC).

A CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), filiada à maior associação da indústria de cruzeiros do mundo, atribui a expansão da oferta ao aumento da estadia dos navios na costa brasileira e a troca de uma embarcação por outra com maior capacidade de passageiros. Como fator contribuinte para o aumento das vendas a entidade aponta o atrativo dos destinos, tanto os normalmente ofertados nas temporadas, como os incluídos recentemente. Um exemplo é Balneário Camboriú (SC), que estreou com 19 escalas na temporada 2017/18 e agora terá 27, com expectativa de impacto de R$ 45 milhões na economia local.

“Essa temporada será um pouco maior e, junto com o aumento da oferta de leitos, a ideia é que, todo ano, novos destinos de escala sejam inclusos nos roteiros. O objetivo da CLIA é desenvolver o setor de cruzeiros, abrir portas para os destinos, fortalecer o turismo e ter uma parceria de sucesso com o país e com as comunidades, já que nosso setor é forte gerador de empregos e de renda” afirma o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz.

Na CVC, operadora com grande clientela para viagens marítimas pelo Brasil, as vendas antecipadas já representam aumento de 30% em comparação com a temporada passada. A empresa aponta as facilidades para aquisição de pacotes, com descontos e parcelamentos, como atrativos para o consumidor. Além disso, segundo a assessoria da operadora, a temporada também será marcada por roteiros maiores, de 7 noites, diferentemente da anterior, em que os mini roteiros (3 e 4 noites) dominaram.

Artur Hugen, com Vanessa Sampaio/MTur: Foto: Divulgação

Manual vai orientar a construção e licenciamento de estruturas náuticas no país

O Grupo de Trabalho de Turismo Náutico, coordenado pelo Ministério do Turismo, vai elaborar um manual com orientações para a construção, licenciamento e operação de estruturas náuticas.

O documento trará informações para subsidiar o trabalho das empresas interessadas em explorar atividades náuticas, oferecendo subsídios para a implantação, modernização e regularização de marinas e garagens de barcos, além de auxiliar os gestores públicos responsáveis pela análise deste tipo de processo nos estados.

“Esse manual é mais informativo do que normativo, o que o GTT Náutico pretende é facilitar a vida do empresário, dando informações claras e precisas sobre os procedimentos e a legislação a ser observada para a implantação de estruturas náuticas no país”, explicou o diretor de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Turismo e coordenador do GTT, Neusvaldo Ferreira Lima. Segundo ele, a cartilha, que deverá ser lançada ainda este ano, será a solução para casos, por exemplo, de empresários que pretendem atuar nessa área mas não sabem por onde começar.

Durante o encontro técnico, que reuniu representantes de cerca de 20 órgãos públicos e entidades privadas do setor, ficou definida ainda a atualização do vade mecum do Turismo Náutico, um compilado de resoluções e normativas sobre o segmento. O grupo pretende também contribuir com sugestões para a alteração da portaria 404 da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que estabelece, entre outras definições, normas e procedimentos para a instrução de processos visando à cessão de espaços físicos em águas públicas.

A próxima reunião do grupo está agendada para o dia 28 de novembro. Na pauta, uma apresentação, pela SPU e Ministério do Meio Ambiente (MMA), do projeto Orla, uma iniciativa de desenvolvimento de políticas para disciplinar o uso e ocupação da Zona Costeira no país.

Artur Hugen, com MTur/Foto:Divulgação