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Monumentos históricos e culturais são restaurados e reabertos

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Catedral Basílica de Salvador (BA) reabre as portas revelando aos turistas uma preciosidade histórica no Largo Terreiro de Jesus, coração do Pelourinho, que é patrimônio cultural mundial

A antiga Casa de Câmara e Cadeia de Florianópolis (SC) reabriu nesta sexta-feira (14) com a função de abrigar o museu da cidade, que será implantado e gerido pelo SESC. A solenidade de inauguração do novo equipamento cultural e atrativo turístico contou com a presença do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, em solenidade realizada nesta manhã na Praça XV de Novembro, centro histórico da capital catarinense.

A restauração contemplou as características arquitetônicas e históricas do prédio, bem como a adequação para o museu que vai retratar a história da cidade de forma interativa e dinâmica. O casarão de 1780 é uma das construções mais antigas da então vila de N. S. do Desterro, hoje cidade de Florianópolis.

“É fundamental para o desenvolvimento do turismo e para a comunidade que prédios históricos sejam recuperados, preservando seu valor e ganhando novas funções, seja como espaços culturais ou até mesmo ocupados com atividades turísticas e comerciais”, destacou Vinicius Lummertz.

O ministro do Turismo ressaltou também que, recentemente, esteve na Cidade de Goiás (GO), patrimônio cultural mundial, discutindo com o IPHAN e representantes de outros ministérios o melhor aproveitamento dos atrativos históricos e naturais pelo turismo.

Também na última sexta-feira (14), às 17h, a Catedral Basílica de Salvador (BA) reabre as portas revelando aos turistas uma preciosidade histórica no Largo Terreiro de Jesus, coração do Pelourinho, que é patrimônio cultural mundial. A catedral é um dos primeiros e mais importantes templos brasileiros, construída pelos jesuítas entre 1652 e 1672. O monumento do século XVII abriga telas de diversos autores seiscentistas, móveis em jacarandá e objetos sacros em ouro e prata. Além de voltar a fazer parte do dia-a-dia da fé baiana, a igreja reabre para visitação turística com suas 13 capelas e imagens sacras renovadas.

Do lado de fora da catedral, destacam-se ainda o átrio e a fachada principal em cantaria e suas torres revestidas de azulejos. A obra de restauro revelou tesouros escondidos, como uma escadaria sob o altar que levava a uma catacumba. O turista também poderá ver pintura originais que estavam escondidas e revelam imagens de santos. Trinta bustos de virgens e mártires também retornaram do museu de Arte Sacra para a igreja. A renovação da Basílica de Salvador conta com modernos equipamentos de sonorização, iluminação e sistema de prevenção e combate a incêndio.

No sábado (15), às 20h, será a vez de Penedo (AL) reabrir o Chalé dos Loureiros, que foi restaurado nas margens do “Velho Chico” e vai abrigar o Museu do São Francisco. O equipamento cultural sobre a vida dos ribeirinhos do principal rio do Nordeste faz parte do conjunto histórico e paisagístico de Penedo, tombado pelo Iphan desde 1996. Quem visita a cidade se impressiona com a arquitetura religiosa e o casario histórico reunindo diversos estilos arquitetônicos. Visitantes também podem conhecer o Largo de São Gonçalo, o Casarão do Montepio dos Artistas, o Círculo Operário Escola de Santeiros, a Biblioteca Pública, o Teatro Sete de Setembro e os Galpões da orla do São Francisco, onde estão sendo implantadas a Escola Náutica, a Oficina e Marina Pública no Cais de Penedo.

Desde o feriadão de 7 de setembro, quando completou 406 anos, São Luís (MA), reabriu a Praça Dom Pedro II, a primeira da cidade, em pedra portuguesa, onde se destaca a escultura Mãe d’Água Amazônica. O equipamento turístico faz parte do patrimônio cultural mundial de São Luís e do conjunto arquitetônico do Palácio dos Leões (Governo Estadual), Palácio La Ravardière (Prefeitura de São Luis), Tribunal de Justiça do Estado e a Catedral Metropolitana.

Artur Hugen, com MTur/Fotos: Divulgação

Dia do Frevo, Patrimonio Cultura e Imaterial da Humanidade

O frevo desempenha importante papel nas raízes da música brasileira e é trilha sonora de um dos eventos mais populares do país - o carnaval

A riqueza melódica, a criatividade, a originalidade e os passos vibrantes do frevo surgiram nas ruas de Recife e Olinda e ganharam o mundo. O dia 14 de setembro é dedicado a essa dança, que, de tão popular, extrapolou o carnaval de Recife e Olinda, que atraem centenas de milhares de turistas todos os anos, e consolidou fama internacional. Em 2012, o frevo foi reconhecido pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade.

“A força musical, coreográfica e poética do frevo são um produto cultural mundial e isso reforça ainda mais os traços culturais do turismo no Brasil. Somos o oitavo país do mundo, segundo o Fórum Econômico Mundial, em atrativos culturais. O ritmo pernambucano reafirma essa nossa vocação para o turismo cultural e ajuda a explicar porque a musicalidade brasileira já conquistou o mundo como expressão cultural”, destaca o secretário nacional de Qualificação e Promoção do Turismo do Ministério do Turismo, Bob Santos.

Um passeio pelo Paço do Frevo, sobrado transformado em museu no Centro Histórico de Recife, leva o visitante a interagir com a história da dança, documentada e registrada na memória coletiva do pernambucano. Nos diversos espaços do casarão, o turista se depara com a influência do frevo na vida social e cultural de Recife e Olinda, na forma de organização e participação popular na festa e no cotidiano das pessoas. A mescla com gêneros diversos, além da inventividade e capacidade de criar dos músicos e compositores, engrandeceram e legitimaram as múltiplas faces da reconhecida melodia. Ainda hoje, o repertório eclético das bandas de música é composto por estilos musicais variados, sob o predomínio de três modalidades: frevo de rua, frevo de bloco e frevo-canção.

O frevo teve origem no carnaval do final do século XIX em um momento de transição e efervescência social, como expressão popular de ocupação dos espaços públicos pelas classes operárias e os escravos libertos. Os passos do frevo surgiram da rivalidade entre as bandas militares e nas lutas de capoeira que foram se configurando, simultaneamente, numa dança frenética, improvisada na rua, liberta e vigorosa. Criada e recriada pelos passistas, a dança de jogo de braços e de pernas é atribuída à ginga dos capoeiristas, que assumiam a defesa de bandas e blocos, ao mesmo tempo em que criavam a coreografia.

Patrimonio imaterial

O frevo está entre as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que, juntamente com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados pelas comunidades, grupos e, em alguns casos, indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. De acordo com a Unesco, o patrimônio cultural imaterial é transmitido entre as gerações e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, da interação com a natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, o que contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

Carimbó

Desde a terça-feira (11) até o próximo dia 16, o Brasil celebra outro patrimônio cultural: o carimbó do Pará. Belém, Marapanim, Alter do Chão (Santarém), São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os destinos turísticos que incluíram o carimbó na agenda cultural da semana para fortalecer os mestres e grupos de carimbó. Há alvoradas, cortejos, rodas de carimbó, shows e mostra musical de carimbó programadas em vários municípios paraenses.

Artur Hugen, com MTur/Fotos: Divulgação