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Em visita à ETE, vereadores são informados sobre o Complexo Araucária

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Dos R$ 24 milhões liberados para a execução das obras, irão sobrar R$ 1,8 milhão, montante que será agora aplicado em rede coletora de esgoto em ruas que não haviam sido incluídas no projeto original

Questionamentos e pedidos de informação ao Executivo Municipal a respeito das obras de implantação do Complexo Araucária, gerou o convite da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) para que os vereadores visitassem a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Araucária, em Lages.

A visitação ocorreu na manhã desta terça-feira (25 de setembro), quando o secretário da Semasa, Jurandi Agustini, fez a apresentação das informações técnicas. Depois disso, Jurandi, o engenheiro químico Altherre Branco, e os vereadores presentes percorreram a estrutura elevada da ETE-Araucária.

O presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Marin disse, na ocasião, que os lageanos devem ter orgulho do Complexo Araucária, uma obra do PAC 2, iniciada em 2011, que está com 96% de sua estrutura concluída. Obra que demandou R$ 24 milhões, mais contrapartida da Semasa da ordem de 3,5 a 5% deste valor, repassado pelo Governo Federal, via Caixa Econômica Federal (a fundo perdido).

O Complexo Araucária tem cerca de 39 quilômetros de rede coletora de esgoto, seis elevatórias (estações de bombeamento dos dejetos sanitários), mais a ETE, a qual já opera em fase de testes. Com capacidade para atender o tratamento do esgoto de até 5 mil ligações residenciais, a ETE irá operar, inicialmente, com o esgotamento sanitário de 2,5 mil ligações. Abrange oito bairros da região Sul de Lages, onde residem em torno de 25 mil pessoas.

“Para Lages, uma obra de tal importância é um privilégio. Sabemos que para cada um real investido em saneamento básico, teremos uma economia (compensação) de cinco reais em investimentos na área da saúde”, disse Luiz Marin. “Portanto, o Complexo Araucária é uma obra que realmente contempla o povo lageano e a Prefeitura e a Semasa estão de parabéns”, falou Marin.

Jurandi Agustini disse que a conclusão total do projeto original do Complexo Araucária se dará em 2019, faltando pouca coisa a ser feita, como por exemplo, o plantio de grama e área de estacionamento. “Dos R$ 24 milhões liberados para a execução das obras, irão sobrar R$ 1,8 milhão, montante que será agora aplicado em rede coletora de esgoto em ruas que não haviam sido incluídas no projeto original”, fala Jurandi.

Sistema biológico-aeróbico

O engenheiro químico responsável pela operação da ETE, Altherre Branco, explica que o sistema de tratamento é biológico-aeróbico, no qual se utiliza tecnologia alemã conhecida por Stela Martic, sendo que Stela é o nome de um engenheiro e Martic significa máquina na língua alemã.

“O Stela Martic é um sistema dos mais avançados do mundo em tratamento de esgoto sanitário. Ele foi criado na década de 1990 e funciona muito bem em todo o mundo”, disse o engenheiro responsável pela ETE-Araucária.

Jurandi está preocupado, no entanto, com o pouco interesse demonstrado pelos proprietários de imóveis residenciais e comerciais localizados na área de abrangência do Complexo Araucária e de outras redes coletoras de esgoto. “A Prefeitura está fazendo a sua parte, implantado rede coletora e ETE’s, mas a população residente ainda precisa fazer as ligações das residências ou estabelecimentos comerciais à rede coletora. Pouca gente está atendendo o nosso comunicado, que vai junto à tarifa de água, para que se faça a ligação à rede coletora de esgoto”, falou Jurandi.

Cobertura Urbana

Jurandi explicou aos vereadores, durante visita à ETE-Araucária, que hoje Lages tem 27% de sua área urbana servida com rede coletora e tratamento do esgotamento sanitário. “Somando o Complexo Araucária às obras da avenida Ponte Grande, pela qual passará rede coletora mestra, direcionada à ETE-Caça e Tiro, Lages terá uma cobertura de até 70% de sua área urbana, no que diz respeito aos serviços de esgotamento sanitário”, concluiu.

Artur Hugen, com AI/Prefeitura/Fotos: Pakinha