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Mobilidade urbana em Santa Catarina é pensada até 2030

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Mobilidade, o grande gargalo do desenvolvimento econômico-social

Estratégias para melhorar a mobilidade urbana em Santa Catarina foram discutidas nesta quarta-feira, 21, na Escola de Governo (ENA) em Florianópolis. O workshop faz parte da elaboração do Plano de Desenvolvimento Catarinense para 2030, coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento com apoio da UFSC.

"Aqui estão as pessoas que vão poder dizer qual é o caminho que o Estado deve seguir em mobilidade até 2030. Quando a gente fala de mobilidade trata também de saúde, qualidade de vida, não só de número de veículos por pessoa", comentou o secretário adjunto de Planejamento Fábio Botelho.

Estruturar as cidades em torno da mobilidade urbana foi um dos objetivos estratégicos propostos pelos participantes do workshop. “Quatorze por cento da população do Estado estão na região metropolitana da Grande Florianópolis. Temos uma condição excepcional de não deixar concentrar tantas pessoas aqui. Precisamos redistribuir a população e, antes disso, criar condições econômicas, financeiras, sociais e culturais”, ressaltou o superintendente da região metropolitana da Grande Florianópolis Cassio Taniguchi.

A tendência no Brasil é que haja crescimento da população nos municípios de médio porte, de 50 a 100 mil habitantes, que são a maioria em Santa Catarina. Quanto maior a extensão da rede de infraestrutura, mais dispersão urbana, menor densidade, maior é a dependência do automóvel. A partir disso, foi sugerido elevar a participação na divisão modal do transporte não motorizado e coletivo e qualificar o transporte público. Para avaliar se os objetivos foram alcançados, os técnicos definiram os indicadores: extensão (KM) de ciclovias/ciclofaixas, quantidade de pontos de compartilhamento de bicicletas, aumento (%) da demanda do sistema de transporte público coletivo, aumento (%) da velocidade operacional dos ônibus e aumento (%) do índice de passageiros por km-IPK.

"Fiquei muito contente com o resultado, há vários elementos estruturantes, e as propostas serão refinadas a partir de agora com entrevistas com especialistas e workshops regionais.", concluiu o professor da UFSC Samuel Steiner dos Santos.

Participaram do workshop representantes das secretarias estaduais de Saúde, Planejamento e Fazenda, além da Superintendência da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis) e Movimento ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

Propostas de objetivos estratégicos:

- Estruturar as cidades em torno da mobilidade urbana
- Direcionar o crescimento das cidades de forma mais compacta
- Promover cidades autosustentáveis
- Institucionalizar uma política de mobilidade urbana em nível estadual com estrutura administrativa e legislação específica
- Buscar fontes alternativas de recursos para investimento em mobilidade urbana
- Elevar a participação na divisão modal do transporte não motorizado e coletivo
- Qualificar os meios de transporte coletivo
- Desenvolvimento das cidades, por meio da mobilidade urbana sustentável

Sobre o Plano de Desenvolvimento de Santa Catarina 2030

O Plano de Desenvolvimento de Santa Catarina 2030 abordará quatro grandes dimensões: Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social, Infraestrutura e Meio Ambiente e Gestão Pública. É uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, em cooperação com a UFSC e com apoio da FAPESC.

Será construído de forma participativa a partir do estabelecimento de indicadores, metas, objetivos e estratégias como instrumento auxiliar para a ação governamental em Santa Catarina. Busca responder as seguintes questões: onde estamos, aonde queremos chegar, como vamos chegar lá e com quais instrumentos de governança.

Até meados de julho serão realizados workshops setoriais abordando os temas: indústria, comércio, ciência e tecnologia; pessoal e finanças; cultura, esporte e turismo; saúde; educação; segurança pública; assistência social, trabalho e habitação; agricultura e pesca; meio ambiente; infraestrutura; mobilidade urbana. Depois dessa etapa, a equipe técnica fará entrevistas com especialistas de cada área e apresentará o conteúdo em workshops regionais (Grande Florianópolis, litoral norte, litoral sul, Planalto Serrano, Planalto Norte, Alto Vale do Itajaí, Meio Oeste e Oeste).

Artur Hugen, com informações do GSC/ Foto: Rosália Pessato / SPG