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Grupo discutirá promoção do turismo cinematográfico no Brasil

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No Dia Mundial do Turismo, MTur anunciou o Grupo Temático de Promoção do Turismo Cinematográfico no Brasil e no Mundo formado por representantes de órgão governamentais, Iphan, Apex e instituições ligadas ao turismo e a produção audiovisual

Seja na tela do cinema, da televisão ou mesmo do computador, as produções audiovisuais têm o poder estimular o espectador a conhecer destinos ainda desconhecidos. Pensando nesse potencial de promoção, o Ministério do Turismo anunciou nesta quinta-feira (27), Dia Mundial do Turismo, o lançamento do Grupo Temático de Promoção do Turismo Cinematográfico no Brasil e no Mundo formado por representantes de órgão governamentais, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e instituições ligadas ao turismo e a produção audiovisual.

A cerimônia de lançamento foi realizada no Espaço Experiencial do estande do MTur instalado na 46ª Abav Expo Internacional, em São Paulo (SP).  “O cinema faz parte da nossa cultura. É preciso inovar e unir forças com a economia criativa para dinamizar o turismo e a promoção dos destinos brasileiros com locações de cinema do Brasil e do mundo”, disse Vanessa Mendonça, diretora de Marketing e apoio à Comercialização do MTur.

A ideia do grupo é trabalhar para ampliar as locações do cinema nacional em cenários que promovam tanto os tradicionais como também os novos destinos turísticos, além de atrair produções internacionais para filmagens no Brasil que divulguem o país lá fora. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que têm “Film Comission” estruturadas, já contam com resultados positivos sobre locações de filmes, programas de televisão e vídeos publicitários.

Segundo Daniel Celli, coordenador da São Paulo Film Comission, a capital paulista autorizou, em 2017,  3.300 locações envolvendo mais de 1.100 produções audiovisuais. “Além dos ganhos turísticos com a promoção espontânea do destino, os dados relativos aos últimos dois anos e meio, indicam a geração de 50 mil postos de trabalho e gastos da ordem de um bilhão de reais declarados pelas produtoras”, disse.

A Brasil Audiovisual Independente (Bravi), que representa o segmento de produção independente de cinema e televisão no Brasil, comemorou a formação do grupo de trabalho temático. “Essa sinergia do turismo com o cinema é boa para os dois segmentos. Por um lado, a economia criativa do audiovisual e, por outro, a indústria do turismo. Quando uma pessoa identifica um destino pela imagem do cinema ou televisão, ela deseja conhecer o lugar e viajar como turista”, disse João Roni, presidente da associação.

A Bravi representa 650 produtoras de todas as regiões do Brasil e somente no ano passado elas foram responsáveis pela produção de 200 filmes nacionais. O segmento gera 110 mil empregos no Brasil. 

Palestra discute tendências e desafios da economia compartilhada no turismo
Secretário nacional do MTur, Bob Santos, afirmou que setor está se adaptando a um novo mercado que combina experiência, compartilhamento de serviços e ferramentas digitais

A diversificação dos canais de oferta e do padrão das experiências de hospedagem é uma tendência mundial. Em palestra na tarde desta quinta-feira (27) na maior feira de turismo do Brasil - a 46º ABAV Expo, em São Paulo (SP) -, o secretário de Qualificação e Promoção do Ministério do Turismo, Bob Santos, afirmou que "o cenário de desenvolvimento do turismo acompanha duas grandes revoluções: a da era digital e a da busca pelo valor das experiências".

Para ele, “o grande desafio é não só acompanhar as tendências e nos adequarmos a elas, mas entender o impacto e efeito disso na vida das pessoas". Ele frisou que o compartilhamento de serviços vem conquistando o mercado de todos os setores e que o turismo se renova com base nessas transformações. "O Uber, as bicicletas amarelas aqui em São Paulo e o aluguel de lanchas no Lago Paranoá, em Brasília, são belos exemplos de como os valores de comportamento e também de compra estão passando por uma revisão”, analisou.

Para Santos, as iniciativas de capacitação dos prestadores de serviços turísticos são cruciais para fornecer experiências mais alinhadas a esse novo cenário de demanda qualificada. "Um dos grandes ativos do turismo brasileiro, a hospitalidade, depõe a favor disso. Nós já temos isso no nosso DNA, mas para melhorar a competitividade precisamos olhar hoje para o futuro e responder a ele imediatamente”, destacou.

Bob ainda destacou os cassinos como outra importante tendência de mercado para o turismo no Brasil. "Esse é um ramo que tem muito a agregar, embora ainda seja pauta legislativa. Mas basta olhar para o exterior e perceber o quanto eles movimentam em turismo para saber que precisamos desse fator de competitividade aqui", ponderou.

Em alusão à dupla comemoração de hoje (27), o Dia Mundial do Turismo e o Dia do Turismólogo, o dirigente parabenizou o empenho dos profissionais que contribuem para transformar o turismo brasileiro em um mercado de ponta. "Vocês transformam cidades em destinos inteligentes, movimentam ideias, realizam projetos e fazem a indústria da felicidade acontecer no Brasil. Só posso aplaudir e agradecer", finalizou.

Artur Hugen, com  Kiara Goulart e Vanessa Sampaio/MTur/Fotos: Kiara Goulart/Roberto Castro/MTur