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Presidentes e ministros destacam medidas para facilitar investimentos externos no Brasil

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Governos dos dois países assinaram atos de cooperação em política externa, economia e comércio/Foto: Beto Barata

A assinatura de cinco atos por autoridades brasileiras e russas, além de uma declaração chancelada pelos presidentes dos dois países, reforça a relação bilateral nas áreas do comércio exterior e da política externa.

Os presidentes do Brasil, Michel Temer, e da Rússia, Vladimir Putin, reafirmaram o compromisso dos dois governos com a parceria comercial e diplomática, abrindo novas oportunidades de negócios bilaterais.

“Assinamos acordos de facilitação de comércio e investimentos, de aprofundamento do diálogo político e renovamos uma parceria efetivamente estratégica”, afirmou Temer, lembrando que ambos os países passam por situações de retomada econômica similares.

Com a redução da inflação por conta das medidas tomadas pelos dois governos, foi possível, por exemplo, aumentar o saldo comercial neste ano. A parceria comercial movimentou US$ 4,3 bilhões no ano passado. E registrou aumento de 40% nos primeiros meses de 2017.

“Ainda há espaço para mais. Conheço bem as relações do Brasil com a Rússia, sei do que somos capazes juntos e estou certo de que, hoje, demos um passo importante rumo a esse futuro”, garantiu.

Investimento

Na visão de Putin, o crescimento das trocas comerciais mostra o empresariado russo está investindo de forma ativa no Brasil e que o terreno é propício para que as relações se intensifiquem, além de diversificar a estrutura de importação e exportação.

“Examinamos de maneira detalhada questões de cooperação bilateral, com foco nos assuntos econômicos. O Brasil é parceiro chave da Rússia e estou convencido de essas negociações foram contundentes, úteis e vão contribuir para aprofundar nossa relação”, disse o presidente russo.

Em encontro com investidores, o chanceler Aloysio Nunes e o titular do MDIC, Marcos Pereira, ressaltam a parceria estratégica com a Noruega no setor energético

Os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, destacaram, nesta semana, durante reunião com investidores em Oslo, na Noruega, as medidas tomadas pelo governo federal para diminuir a burocracia e dar segurança ao investimento estrangeiro.

“Reformas estas que visam a facilitar o ambiente de negócios e trazer segurança jurídica para aqueles que investem no Brasil”, afirmou Pereira, no encontro. Segundo o ministro do Mdic, uma das maiores reclamações de investidores estrangeiros era a dificuldade de fazer negócios com o País, devido à burocracia.

Por isso, por ordem do presidente da República, Michel Temer, o governo começou uma agenda para tornar os trâmites mais rápidos e simples. “É a pauta do governo. (...) uma das principais reivindicações que recebemos dos investidores internacionais é que se facilite o ambiente de negócios no País”, garantiu.

No caso da relação comercial com a Noruega, o governo brasileiro decidiu isentar as exportações norueguesas acima de 100 mil coroas. “Nós emitimos uma portaria regulamentando todo esse sistema e introduzindo esse sistema para a União Europeia, a Suíça e a Noruega. Até o final desse ano ele estará completo”, explicou.

O ministro do Clima e do Meio Ambiente do país nórdico, Vidar Helgesen, elogiou os esforços do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, para reduzir as taxas de desmatamento no Brasil

Como resultado da viagem oficial de dois dias do presidente da República, Michel Temer, o governo norueguês classificou a cooperação bilateral como um “grande sucesso” e se vê como “parceiro orgulhoso” do Brasil na área do meio ambiente. A avaliação é do ministro do Clima e do Meio Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen.

Em nota publicada no site oficial do governo, Helgesen elogiou os esforços do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, para reduzir as taxas de desmatamento no Brasil. "Estou entusiasmado com o forte comprometimento expresso pelo ministro brasileiro em aumentar os esforços de comando e controle, além de assegurar o orçamento do Ibama, para que esse propósito seja fortalecido”, disse Helgesen.

Para o responsável pela área ambiental do governo norueguês, a redução de recursos noruegueses enviados ao Fundo da Amazônia não deve ser entendida como “um enfraquecimento do nosso empenho na parceria”. “Pelo contrário, nós mantemos nosso compromisso e, se o desmatamento for reduzido, nossos pagamentos voltarão”, assegurou.

De 2009 para cá, a Noruega já contribuiu com US$ 1,1 bilhão com o Fundo da Amazônia, que realiza projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além da promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.

Artigo

Temer disse que as explicações dadas por ele e pelo ministro Sarney Filho às autoridades norueguesas sobre as taxas de desmatamento no Brasil deixaram claras uma revisão dos aspectos que regem a parceria.

“Até estou propondo ao Sarney que o diálogo que ele fez aqui, a exposição que ele fez se reproduza em um artigo a ser publicado aqui nos jornais da Noruega”, disse Temer após encontro com o presidente do Parlamento da Noruega, Olemic Thommessen, em Oslo.

Artur Hugen, com informações do Palácio do Planalto/Fotos: Beto Barata