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Acervo de Bertha Lutz na Câmara é reconhecido como Memória do Mundo pela Unesco

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Bertha Lutz lutou pela mudança da lei trabalhista referente à mulher e ao menor de 18 anos, propôs igualdade salarial e licença de três meses à gestante

O acervo de documentos de Bertha Lutz, sob a guarda do Arquivo da Câmara dos Deputados, foi selecionado para receber o registro de Memória do Mundo da Unesco, programa que busca valorizar e incentivar a preservação de acervos de importância para a sociedade.

A candidatura “Feminismo, Ciência e Política – O Legado de Bertha Lutz, 1881-1985” foi apresentada em conjunto com o Arquivo Histórico do Itamaraty, o Arquivo Nacional e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (CMU).

O Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados (Cedi) abriga documentos da atuação parlamentar de Bertha Lutz, de 1936 a 1937, e da participação como cidadã na Constituinte de 1934, na qual participou ativamente na luta pelos direitos das mulheres.

Esse acervo foi um dos dez selecionados pela Unesco neste ano. A organização leva em consideração aspectos como a importância histórica e o impacto social, além de serem avaliadas, também, as condições de preservação dos documentos.

Documentos queimados

O Fundo Bertha Lutz, formado por arquivos pessoais e pesquisas científicas do Museu Nacional, que fazia parte da candidatura conjunta original, foi perdido durante o incêndio ocorrido em setembro deste ano, sendo então aberto e concedido pela primeira vez um “Registro Nacional do Brasil de Patrimônio Documental Perdido ou Desaparecido”. 

Os documentos de Bertha Lutz se juntam ao Fundo da Constituinte de 1823 como os dois acervos da Casa registrados como Memória do Mundo pela Unesco.

Livro
Em 2016, a Casa publicou pela Edições Câmara o perfil parlamentar de Bertha Lutz, uma das pioneiras na luta pelo voto feminino.

Artur Hugen, com Agência Câmara Notícias/Foto: Divulgação