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Blairo Maggi defende em Conferência da FAO consumo de carne bovina

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Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi

Ao discursar na 40ª Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu o consumo de carne bovina pela sua “contribuição à segurança alimentar e nutricional”, o maior acesso a mercados e conclamou países desenvolvidos a honrarem compromissos com o clima.

“Entendemos que a FAO, no cumprimento do seu mandato, deve priorizar questões relativas à produção de alimentos, à produtividade e à nutrição. Nesse contexto, alimentos de alto valor proteico, como a carne bovina, como bem observou o Comitê de Segurança Alimentar-2016, devem ser reconhecidos”, afirmou. “Recomendações sobre diminuição do consumo de carne bovina, devido a emissões, não devem ser feitas.”

Maggi destacou pesquisas da Embrapa, vinculada ao ministério, que permitem a criação de bovinos sem emitir gases de efeito estufa e, ainda, o Plano ABC, que integra a produção da lavoura, pecuária e florestas. O Plano ABC, informou, atingiu cerca de 12 milhões de hectares em 2016, “favorecendo a sustentabilidade e a renda de muitos agricultores”.

O maior acesso a mercados, disse Maggi, “é essencial para a redução da insegurança alimentar, da fome e da má nutrição”. Enfatizou que “a agricultura brasileira se desenvolve de maneira sustentável em linha com a Agenda 2030”. O país, de acordo com o ministro, fornece alimentos diversificados, seguros e de alta qualidade para o consumo interno e para grande parcela da crescente população mundial.

Conclamou países desenvolvidos a cumprirem o Acordo do Clima de Paris, que foca na redução do aquecimento global. “Países em desenvolvimento são os mais afetados pelas emissões históricas de economias industrializadas. E estimamos que, particularmente, os principais emissores mundiais cumpram com seus compromissos perante à comunidade internacional”.

Produtividade
   
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, graças em grande parte à produtividade, que tem crescido de 4% ao ano, desde 1975, lembrou o ministro. A importância do setor para a economia do Brasil também foi lembrada. “De pequenos a grandes produtores, empregam um a cada cinco trabalhadores e respondem por mais de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB).”

A legislação ambiental, que exige preservar de 20% a 80% das propriedades rurais, dependendo da localização, e esforços dos agricultores nessa área mereceram destaque no discurso. “Apoiamos, de forma clara, a agroecologia, a inovação e os sistemas de produção integrada”. Informou ainda que o Programa Nacional de Alimentação Escolar, já premiado, garante que mais de 40 milhões de crianças recebam diariamente refeições escolares elaboradas com produtos da agricultura familiar. 

Artur Hugen, com informações do MAPA/Foto: Divulgação