Bancada Sulista

Bancada Sulista

NOTÍCIAS

Se o “Caso Temer” se arrastar por muito tempo na Câmara, crise política poderá contaminar a economia do País, alerta Rubens Bueno

Tamanho da letra A+ A-
Rubens Bueno em dia de discurso( Foto: Agência Senado)

(Brasília-DF, 05/07/2017) A bancada do PPS defendeu nesta quarta-feira, 05, após a entrega da defesa do presidente Michel Temer (PMDB) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, celeridade no debate sobre a denúncia contra do peemedebista por crime de corrupção passiva.

O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), que representa o partido na CCJ, propõe que a Câmara analise com a maior rapidez possível se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) fazer abertura de processo contra Temer.

Respigo na economia

De acordo com o parlamentar, se o caso se arrastar por muito tempo, “a crise política poderá contaminar a economia do país, que nos últimos meses vêm dando sinais de melhora e apresentando diversos resultados positivos.”

“Somente nesta semana tivemos a notícia de superávit recorde de US$ 7,195 bilhões na balança comercial em junho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 1989. Outro indicador relevante é a recuperação da produção industrial, que cresceu 0,8% em maio na comparação com abril e 4% a mais do que um ano antes”, lembrou Bueno.

Forças políticas

“Diante desse cenário, não podemos deixar que a crise política se agrave ao ponto de frear a recuperação da economia. Nesse sentido é fundamental que a Câmara defina logo o futuro de Temer”, defendeu o deputado.

Bueno avalia que a crise política em torno do presidente da República só não provocou mais desgastes porque o mercado tem consciência de que o governo não está ancorado apenas na figura de Temer.

“Trata-se de um governo de transição que é sustentado pelas forças políticas que atuaram para aprovar o impeachment de Dilma Rousseff e a derrocada do PT”, avaliou.

Ninguém quer o PT”

“Ninguém quer o PT e a crise econômica de volta. Então, essa caminhada de transição até 2018 depende muito mais da unidade desse grupo para aprovar as reformas que o país precisa do que exclusivamente da situação de Temer”, acentuou.

Em relação à apreciação da denúncia contra Temer na CCJ da Câmara, o deputado disse que antes de manifestar seu voto irá analisar com cuidado todos os argumentos da PGR, que acusa o presidente de corrupção passiva, e também as alegações apresentadas pela defesa do peemedebista.

Voto na CCJ

“Não é hora de antecipar voto. É hora de analisar o caso para, no dia da decisão, votar com a consciência de que está agindo ao encontro do que é melhor para o país”, acrescentou.

(Por Gil Maranhão. Edição. Genésio Jr.)