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Esplanada será o grande palco popular da posse presidencial

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Como na posse presidencial de 2014, vias serão fechadas para caros particulares. Colaboradores do Congresso Nacinal terão esquema especial para chegar ao trabalho

A Esplanada dos Ministérios será interditada para trânsito de veículos, de 29 de dezembro até 1º janeiro, e será o grande palco popular para a posse do presidente Jair Bolsonaro. No domingo (30), as vias paralelas à Esplanada (N2 e S2) também serão interditadas, segundo a Secretaria de Polícia do Senado. Nesse dia, será realizado um ensaio geral da posse.

No dia 1º, o acesso à Esplanada será possível a pé, apenas a partir da Rodoviária do Plano Piloto. Todas as pessoas serão revistadas pela Polícia Militar do Distrito Federal. Quem estiver com mochila não poderá ultrapassar a barreira montada pela segurança do evento.

De acordo com a Polícia do Senado, o gramado em frente ao Congresso Nacional será parcialmente interditado até a Alameda das Bandeiras, pois serão colocados no local canhões para a salva de tiros de canhão que faz parte da cerimônia oficial. Nesse trecho, apenas duas áreas laterais, na parte menos inclinada, poderão ser ocupadas pela população.

Acesso

A partir do dia 30, o acesso ao Senado será feito pela via N3, na entrada próxima à Embaixada da Palestina. Nos dias 31 e 1º de janeiro, haverá transporte entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Senado para os colaboradores da Casa. Horários e locais de embarque e desembarque ainda estão sendo definidos.

Nesses dias, somente os estacionamentos do Sistema Integrado de Saúde (SIS), Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e Secretaria de Comunicação Social (Secom) poderão ser utilizados.

Carros oficiais dos senadores em exercício, com chapa bronze, poderão passar pelo bloqueio na Esplanada até as 14h do dia 1º de janeiro, dia da posse, para permitir o desembarque na Chapelaria do Congresso Nacional. Veículos particulares, de aluguel, além de táxi e Uber, não poderão passar pelos bloqueios.

No dia da posse presidencial, a entrada de servidores do Senado e jornalistas se dará exclusivamente pela portaria do Bloco B do Anexo 2, na via N2. Todos passarão pelos controles de pórticos detectores de metal e raios X, com exceção dos parlamentares em exercício.

Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Fernando Bizerra/AS/Divulgação

Confira como será a cerimônia de posse de Bolsonaro

A cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro acontece no dia 1º de janeiro de 2019 e envolve uma série de etapas e ritos. O grupo de trabalho que prepara o evento desde março divulgou o roteiro prévio da solenidade, marcada para começar às 15h no Congresso Nacional.

Tradicionalmente, o evento de posse começa na Catedral de Brasília, de onde sai o desfile do presidente, de automóvel, pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Ainda não há, no entanto, definição se esse trajeto será feito em carro aberto ou fechado, mas os últimos presidentes a tomarem posse chegaram ao Congresso Nacional em um Rolls Royce, que serve à Presidência da República desde 1952.

De acordo com roteiro da Secretaria de Relações Públicas, Publicidade e Marketing do Senado, Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, seguirão em carro presidencial, já sem batedores e escolta, a partir da via ao lado dos gramados que ficam em frente ao Congresso Nacional, pouco antes das 15h. O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, seguirá em outro carro, logo atrás, acompanhado da esposa, Paula Mourão. Para que os preparativos possam ser executados, a Esplanada dos Ministérios será interditada para trânsito de veículos, a partir do dia 29 de dezembro até 1º janeiro.

Presidente e vice-presidente eleitos serão recebidos no início da rampa do Congresso, na parte plana, pelos chefes do cerimonial da Câmara e do Senado, que os conduzirão pela rampa, até onde estarão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. No final da passarela, estarão o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, além de lideranças do Congresso Nacional, que se juntarão ao cortejo.

Já dentro do Congresso, as autoridades caminharão até o Plenário da Câmara dos Deputados onde será realizada a posse.

Compromisso

Eunício, que preside a Mesa do Congresso Nacional, abrirá a sessão solene e conduzirá os trabalhos. Após a execução do Hino Nacional pela Banda dos Fuzileiros Navais, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão farão o juramento de compromisso constitucional e assinarão o termo de posse. Os dois deverão jurar "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil" — declaração prevista pela Constituição Federal.

Após dar posse aos eleitos, Eunicio concederá a palavra a Bolsonaro, que fará um pronunciamento ao país.

Encerrada a sessão, o presidente da República, já empossado, desce a rampa do Palácio do Congresso Nacional e, como comandante-chefe das Forças Armadas, passará em revista as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sendo ainda homenageado com uma salva de 21 tiros de canhão.

Palácio do Planalto

Na sequência, Jair Bolsonaro embarcará novamente no carro presidencial e seguirá para o Palácio do Planalto, onde acontecerá a última parte da cerimônia de posse. O presidente, que governará o país nos próximos quatro anos, receberá a faixa presidencial de Michel Temer.

A população vai poder acompanhar a cerimônia de posse em espaços determinados na Esplanada dos Ministérios. O acesso aos palácios será restrito. De acordo com Maria Cristina Monteiro, diretora de Relações Públicas do Senado e coordenadora do grupo de trabalho para a organização da posse no Congresso, a cerimônia deve ter cerca de uma hora de duração.

— Acreditamos que seja uma cerimônia um pouco mais rápida em comparação com outros anos até a pedido dos presidentes. Ela deve ter no máximo uma hora de duração — estimou.

Ensaio

No domingo (30), será realizado um ensaio geral da posse. Na ocasião, serão feitas simulações dos percursos que o presidente eleito fará no dia da posse, com alternativas para o caso de chuva.

Se o dia da posse for chuvoso, a chegada de Bolsonaro não será pela rampa, mas pelo Salão Branco, com acesso pela chamada Chapelaria. A revista às tropas também será feita em área coberta, em área próxima à Chapelaria, e a salva de tiros pode até ser cancelada.

Artur Hugen, com Agência Senado/Fotos/AS/Divulgação