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Seguradoras estimam que indenizações a produtores que tiveram perdas se aproxima de R$ 1 bilhão

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Ministra Tereza Cristina, coordena reunião no Nordeste, ao lado do presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, e do chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda

 O valor previsto por seguradoras para o pagamento de indenizações relativas a sinistros no seguro rural contratadas na safra de verão 2018/2019 é estimado em R$ 995 milhões. As indenizações se devem a perdas nas lavouras de soja em função da seca, principalmente nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Mas ocorreram perdas também no Rio Grande do Sul, São Paulo e na Bahia. “No caso específico do Rio Grande do Sul ocorreram perdas também com arroz com indenizações estimadas até o momento em R$ 60 milhões”, de acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola. 

Parte das apólices de seguro rural contratadas pelos produtores são pagas com apoio financeiro do governo federal, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), lembrou o diretor. “O seguro é um mecanismo fundamental para a gestão de riscos da atividade agrícola e esses valores elevados de indenizações pagas pelo mercado de seguros demonstra a importância do PSR ao fomentar a utilização desse instrumento pelos produtores”.

“Essa política pública de incentivo se torna vantajosa, na medida em que ocorre a transferência do risco da atividade para o setor privado, evitando, assim, eventuais pedidos de renegociação ou alongamento de financiamentos no futuro, caso o produtor tenha prejuízos em decorrência de sinistros ocorridos durante a safra”, afirmou.

Artur Hugen, com Coordenação-geral de Comunicação Social/Foto:Guilherme Martimon/Mapa

Brasil inicia exportação de semente de aveia preta à União Europeia

Pela primeira vez, o Brasil exportou semente convencional de aveia preta à União Europeia, ao embarcar no dia 26 de fevereiro um contêiner com 24 toneladas do produto, produzido pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). As sementes foram enviadas à França, certificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As informações são da coordenadora-geral de Sementes, Mudas e Proteção de Cultivares da Secretaria de Defesa Agropecuária, Virgínia Carpi. 

A exportação de sementes para aquele país somente pode ser realizada mediante o reconhecimento da União Europeia (UE) da equivalência dos sistemas de certificação. A equivalência foi obtida no final do ano passado para sementes de cereais e forrageiras produzidas no Brasil. Essa habilitação é o reconhecimento técnico que demonstra a qualidade do sistema brasileiro de certificação de sementes, observa Virgínia Carpi. As sementes de aveia são utilizadas para a formação de pastagem destinada à alimentação de rebanhos. 

A exportação foi realizada pela empresa gaúcha ADKalil Agricultural Consulting & Trading, de Porto Alegre (RS), por meio de parceria com o Iapar para a produção das sementes com base nas regras de certificação da UE. O acordo contou ainda com a colaboração da Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro).

A venda de sementes pelo Brasil é promissora pela capacidade de produção comparada aos demais países (clima tropical, terras e água), lembra a coordenadora. Historicamente Goiás tem exportado sementes de milho. 


Quem está habilitado e como certificar

O produtor de sementes, inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM), pode solicitar ao Mapa a certificação sob as regras da UE, conforme a Instrução Normativa nº 36, de 4 de outubro de 2017, que fixa as normas para certificação de sementes destinadas à União Europeia. 

Estão aptas à certificação para a UE as cultivares que constam na lista de cultivares da OECD (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) e do Catálogo Comum de Cultivares da Comissão Europeia. A certificação é realizada pelo Mapa, tendo como referência as normas de certificação da UE e da OECD.

 Artur Hugen, com Coordenação de Comunicação Social do Mapa