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Bancada catarinense irá ao Planalto para evitar incorporação da Eletrosul

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O Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), levou o debate sobre a fusão entre Eletrosul e CGTEE - Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, para a Assembleia Legislativa do Estado

O Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), levou o debate sobre a fusão entre Eletrosul e CGTEE - Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, para a Assembleia Legislativa do Estado. O Plenário da ALESC ficou cheio para uma audiência pública sobre tema, e é consenso a necessidade de impedir que a empresa catarinense seja incorporada pela estatal com sede no Rio Grande do Sul. 

“Tanto para a bancada estadual quanto para a bancada federal, está mais do que claro que essa fusão não pode acontecer. Se não houver outra forma, a gente até concorda que a Eletrosul incorpore a CGTEE, e não o contrário como está sendo proposto. Os números são bem claros, nós vamos perder R$ 60 milhões de Fundo de Participação dos Estados por ano, porque o movimento econômico passará a ser registrado no Rio Grande do Sul”, argumentou o coordenador do FPC. 


Esta foi a primeira vez que o presidente da Eletrosul, Gilberto Egges, deu explicações públicas sobre a incorporação. Os números apresentados por ele não convenceram parlamentares e servidores presentes no auditório Antonieta de Barros. De acordo com Peninha, basta olhar os dados para perceber que a fusão é inconcebível. “A Eletrosul tem 1,2 mil empregados com lucro líquido de R$ 207 milhões, enquanto a CGTEE tem 350 funcionários. Para piorar, a empresa gaúcha encerrou 2018 com prejuízo de R$ 562 milhões”, concluiu. 

A coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul, na Alesc, deputada estadual Luciane Carminatti (PT), disse que além da redução econômica para o Estado, haverá também perdas para os funcionários. “É muita falta de transparência, nada está claro. E pelo andamento da fusão, a única coisa que vemos é prejuízo na arrecadação catarinense e uma grande incerteza sobre o futuro dos colaboradores”, explicou.

Após a audiência, a bancada federal foi recepcionada pelo governador Carlos Moisés da Silva, para um almoço na Casa da Agronômica. Moisés pediu apoio do FPC para pautas prioritárias, e se comprometeu em defender a permanência da Eletrosul no Estado. O governador deve somar-se ao grupo em Brasília para levar o assunto ao presidente Jair Bolsonaro. 

Fusão:

Em janeiro de 2019, a Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - anunciou a fusão entre as duas empresas. Na prática, com a incorporação, a sede passaria a ser em Candiota/RS e não mais em Florianópolis, onde pelo menos 800 funcionários da CGTEE já trabalham. 

A bancada catarinense argumenta que o patrimônio líquido da empresa gaúcha é negativo em mais de R$ 4 bilhões, enquanto o da Eletrosul é positivo em mais de R$ 6 bilhões. 

Assessoria de Imprensa/Gabinete/Fotos: Divulgação