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Viveiro do Senado: Uma ilha verde na Esplanada dos Ministérios

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Concentrado em um hectare de terra, o espaço traz uma proposta contemporânea e ecológica para aproveitamento de espaço público, representando uma ilha verde no meio do complexo urbano da Esplanada dos Ministérios

O Viveiro do Senado, para quem entra pela primeira vez, representa um choque de oxigênio, plantas e aves. Concentrado em um hectare de terra, o espaço traz uma proposta contemporânea e ecológica para aproveitamento de espaço público, representando uma ilha verde no meio do complexo urbano da Esplanada dos Ministérios.

— O visitante que vem aqui interage com um pequeno ecossistema urbano. Tentamos trazer um círculo fechado unindo visitante, natureza, plantas, compostagem, prazer e educação ambiental. O paisagismo contemporâneo acredita que o jardim não é apenas estético, e sim para ser ocupado e usufruído — destacou Erico Galvão, que trabalha no Viveiro e, de formação, é técnico paisagista e músico.

Ao percorrer os jardins e os locais de compostagem, ele vai descrevendo as propriedades paisagísticas, medicinais ou comestíveis de plantas, frutas e raízes de todas as regiões do país que compõem o memorial botânico do espaço.

Tem o melão-croá, dos estados do Sul, da Argentina e do Uruguai; tem a flor aristolochia, com cheiro de chá, que é encontrada do Rio Grande do Sul até a Bahia (e que foi doada ao acervo botânico do Senado pela servidora Cilene Camargos); tem a folha salsa-do-paredão, comum no Mato Grosso e no Amazonas; e muito mais.

— Aqui no Viveiro temos a expectativa de mudar a visão [das pessoas] para com a natureza, que é a forma mais efetiva e duradoura de educação ambiental. O Senado Federal pode ser um grande disseminador dessa nova visão, contribuindo para cidades mais saudáveis e resilientes — ponderou Erico.

Produção

O Viveiro do Senado começou a funcionar em 2011, estando subordinado ao Núcleo de Coordenação de Ações Socioambientais (NCas). Atuam no setor três servidores, um estagiário, dois jardineiros e dois auxiliares de compostagem.

Entre as principais atividades do Viveiro estão a produção de mudas para os jardins da Casa, arranjos e vasos para espaços internos; a compostagem de resíduos orgânicos; e a realização de oficinas de educação ambiental.

No Viveiro são produzidos em média por mês 10 m² de mudas para forração, 500 kg de composto de qualidade e cerca de 18 arranjos e vasos para áreas internas.

Oficinas

Em 2018, foram oferecidas 11 oficinas socioambientais para cerca de 120 pessoas. Em comemoração ao mês do Meio Ambiente, estão programadas mais duas oficinas para a próxima semana. Na segunda-feira (10), das 9h às 11h, Érico discorrerá sobre o tema “Etnobotânica”, a relação da planta com a civilização.

Na quinta-feira (13), das 15h às 17h, a servidora Cilene Camargos vai falar sobre Kokedama. A tradução literal é “bola de musgo”, e retrata bem no que consiste esta técnica japonesa refinada, que tem conquistado arquitetos e decoradores de todo o mundo nos últimos anos.

Intranet Senado/Fotos: Jonas Araújo/Nucleo Intranet