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Senado faz homenagem póstuma a Luiz Henrique da Silveira; Cafezinho do Senado passa a ter o nome do ex-senador e ex-governador de SC

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Ivete da Silviera fala ao lado de senadores catarinenses

(Brasília-DF, 24/09/2019) O Senado Federal homenageou nesta terça-feira, 24, o ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB-SC), falecido aos 75 anos maio de 2.015. O “cafezinho do Senado” – sala ao lado do plenário onde os senadores se reúnem nos intervalos das sessões – passa agora a ter o nome do emedebista que governou Santa Catarina entre 2.003 a 2.010.

Diversos senadores se manifestaram sobre a homenagem solicitada pelo ex-senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e atual subsecretário especial da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para Relações Externas. Destacaram a importância de dar o nome do emedebista catarinense ao espaço, os senadores Dário Berger (MDB-SC) e Jorginho Mello (PL-SC).

“Como esse local, onde nós estamos, é o lugar do Senado onde os adversários convergem, conversam e buscam consenso. Nada melhor do que ter Luiz Henrique da Silveira como padrinho deste ambiente e deste recinto”, justificou o tucano Bauer.

“Aqui se conversa muito, se acertam e caminham muitas ideias que depois se concretizam no plenário. Aqui nenhum senador deixa de frequentar, independentemente de partido político. Então é aqui a casa da conversação. E muito representa e tem a ver com ele”, comentou Jorginho Mello.

“Uma especial figura humana que sempre nos brindou com seus discursos, com as suas análises apuradas e seus ensinamentos de valores. O Brasil perdeu um homem de imenso valor, Santa Catarina um filho ilustre, eu um amigo e um líder, e o Senado um político de rara inteligência”, complementou Berger.

Em nome da família

A suplente do senador Jorginho Mello, a viúva de Luiz Henrique da Silveira – Ivete Silveira, presente a homenagem agradeceu com “muita honra” o ato de eternizar nas instalações prediais do Senado Federal o nome de seu marido.

“É com muita honra que estou aqui, juntamente com a minha família, para eternizar o nome do meu esposo in memoriam Luiz Henrique da Silveira neste espaço que ele tanto respeitava e frequentava”, falou Ivete Silveira.

“Luiz Henrique nasceu em 1.940 num Brasil ameaçado por toda ordem. Não tínhamos uma democracia consolidada, o nosso desenvolvimento econômico e social ainda caminhava a passos trôpegos. Mas ele, desde cedo, soube que não nasceu para ser um mero espectador”, contou.

“A marca registrada de Luiz Henrique era fazer, organizar, criar, incentivar e provocar. Desde a sua juventude era impelido por dois entusiasmos: a concepção por fazer e a paixão por entender, que é a chama que move os intelectuais. Sua arma mais poderosa era a retórica”, completou.

Conciliador

O senador Jorginho Mello comentou, ainda, que além de ser amigo do ex-governador Luiz Henrique da Silveira tem orgulho de ter sido eleito, em 2.018, com a viúva de Luiz Henrique como sua primeira suplente.

“A dona Ivete é uma pessoa especial para mim. Porque ela deu a honra de ser minha companheira de chapa na última eleição. E ele era um homem que sabia fazer política somando. Era um conciliador, um estrategista, um homem pacificador que o MDB tem saudades. Era um líder com uma ficha de trabalho e de serviço prestado ao Brasil, a Joinville, a Santa Catarina”, emendou.

Indelével memória

Representando o senador Davi Alcalumbre (DEM-AP) na cerimônia, o primeiro-vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), também se pronunciou.

“Aqui está indelével à sua memória. Mas mais do que a memória, o seu exemplo de homem probo, íntegro, correto e um grande administrador. E mais do que isso, um ardoroso defensor do estado de Santa Catarina”, disse o tucano mineiro.

Faz falta

Por fim, as últimas homenagens foram feitas pela senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), antiga companheira de MDB. Segundo ela, homenagens como essa deve servir para mostrar que o ideário de Luiz Henrique persiste.

“A boa política, o homem decente, a palavra séria, o comportamento ilibado, o exemplo de político que parece essa pátria está cismando de varrer. Por isso, [o escritor argentino] Jorge Luís Borges em seu poema ‘arrependimento’, [quando escreveu] depois em que sua mãe se foi, ele não teve tempo de fazer uma dedicatória à sua mãe que cuidou de todos os dias da sua vida. Então quando muitas vezes estamos aqui e a gente conversa sobre aquilo que nos faz falta, eu queria dizer que ele [Luiz Henrique] faz falta”, finalizou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)