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CRISE: Ao lado de aliados, Bolsonaro não aceita que imprensa coloque em sua conta as mais de cinco mil mortes de brasileiros por covid-19

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Bolsonaro com deputados do PSL( Foto: imagem de streaming)

(Brasília-DF, 29/04/2.020) Ao lado de parlamentares aliados do PSL, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) afirmou na manhã desta quarta-feira, 29, que não aceita que a imprensa brasileira coloque em sua conta as mais de cinco mil mortes de brasileiros ocorridas, até o momento, por conta do avanço que o novo coronavírus (covid-19) vem alcançando no país.

A declaração aconteceu na porta do Palácio da Alvorada, onde foi recepcionado por um grupo de apoiadores que comemoravam a cada palavra direta que o presidente fazia contra os veículos de comunicação e aos profissionais de imprensa, que faziam a cobertura naquele instante. Os parlamentares que estavam ao lado de Bolsonaro eram os deputados Bibo Nunes (PSL-RS), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, Luis Lima(PSL-RJ) e Hélio Lopes (PSL-RJ).

O presidente brasileiro afirmou, ainda, que a responsabilidade pelos óbitos causados no país pelo novo coronavírus é dos governadores e prefeitos que, segundo ele, optaram pelo ineficiente isolamento horizontal. Ele entende que esse método não evita que as pessoas morram da doença. Além de prejudicar a economia do país levando milhões ao desemprego.

“Pessoal, a gente lamenta as mortes profundamente, sabia que ia acontecer. Agora quem tomou todas as medidas restritivas foram os governadores e prefeitos. Como disse o colega de Santa Catarina agora a pouco aqui. Eu, desde o começo, me preocupei com vida e com emprego. O desemprego também mata. Então essa conta tem que ser perguntada para os governadores”, iniciou.

“Pergunte ao sr. João Dória, ao sr, [Bruno] Covas, de o por que, eles tomarem medidas tão restritivas que eliminou mais de um milhão de empregos em São Paulo e continua morrendo gente. Eles tem que responder. Vocês não vão botar no meu colo essa conta. O que nós, do governo federal, fizemos desde o começo, com a equipe econômica em especial, é liberar recursos para a saúde. E também criar aquele benefício emergencial”, complementou.

Discurso agressivo

A partir desse momento, Bolsonaro inflamado pelo gritos de apoio realizados pelos apoiadores ali presente, aumentou o tom contra a imprensa, acusando os repórteres e os veículos de comunicação de quererem fazer uma campanha contra a sua gestão à frente do Poder Executivo federal.

“Não sejam agressivos, a ponto de colocar no meu colo, uma conta que não é minha. Porque o que estou fazendo é sugerir ao Ministério da Saúde medidas para a gente voltar rapidamente, com responsabilidade, a uma normalidade. Como eu disse os parlamentares aqui. Nos países em que se é adotado o isolamento horizontal, foram onde mais faleceram gente. Essa é uma realidade”, completou.

“Então essa questão do vírus, logicamente, interessa a todos nós e nós queremos, cada vez mais, nos empenhar para solucionar essa questão. Mas não será com ataques a minha pessoa, que O Globo aqui por exemplo com manchetes mentirosas, com meia verdade vai fazer com que a responsabilidade caia no meu colo e isente da responsabilidade aqueles que tomaram medidas restritivas.Essa pergunta é tão idiota que eu não vou te responder”, finalizou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)