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Especial: BR-285: DE GETÚLIO VARGAS A LUIZ INACIO LULA DA SILVA E, ATÉ AGORA, NÃO ESTÁ CONCLUIDA

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Serra da Rocinha

A tão sonhada ligação entre o Atlântico e o Pacifico ainda não é realidade. Embora tenha passado dezenas,  tantos e tais anos, faltou fibra aos governos que passaram, para concluir a rodovia. Vale lembrar o poeta Mário Quintana: “eles passarão, eu passarinho”.

São Borja, São Tomé, Ruta 14, cordilheira, caracóis, andes, oceanos integrados, firmeza para tornar realidade coisas simples que exigem muito dinheiro, mas, especialmente determinação política. Estamos próximos da conclusão da BR-285 e mais: muito próximos de um final feliz.

A BR-285 é uma rodovia transversal brasileira que inicia em Araranguá, Santa Catarina, atravessa a serra e o planalto gaúchos, com extensão, inicialmente, de aproximadamente 673,1 km no Rio Grande do Sul e 53,0  km em Santa Catarina, passando por cidades como São José dos Ausentes, Bom Jesus, Vacaria, Lagoa Vermelha, Gentil, Água Santa, Passo Fundo, Carazinho, Ijuí, São Luiz Gonzaga e termina em São Borja, no Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina.

Ali a rodovia se conecta com São Tomé e a Ruta Nacional 14 por meio da Ponte Internacional sobre o Rio Uruguai. Passando pela cordilheira dos Andes, chegando ao litoral chileno, no Pacífico. A rodovia também desempenha papel estratégico dentro do Mercosul e destaca-se por seu forte potencial turístico.

O trecho entre Vacaria, Bom Jesus e São José dos Ausentes, ficou muitos anos paralisada e o seu asfaltamento foi concluída há pouco mais de 10 anos. Dali até próximo a boca da Serra da Rocinha está quase pronta. Só falta 8.1 quilômetros. incluindo a serra, A estrada foi iniciada no governo de Getúlio Vargas, mas até hoje não está totalmente pronta. As obras continuam em ritmo de conclusão.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da equipe de comunicação social da Gestora Ambiental, lançou uma edição especial do boletim de notícias das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC.

O material detalha os aspectos técnicos das atividades que envolvem a estabilização das encostas na Serra da Rocinha, apresentando as diferentes soluções de engenharia empregadas em cada ponto suscetível à ocorrência de escorregamentos ou quedas de blocos de rocha.

Esta é uma das etapas mais desafiadoras do empreendimento, em Timbé do Sul (SC), em razão da existência de estruturas geológicas complexas, topografia acidentada e necessidade de preservação ambiental. A região se destaca pela paisagem constituída por cânions e escarpas, sendo que a serra conta com uma diferença altimétrica de aproximadamente 1.000 metros da sua base ao topo. A Serra da Rocinha está sendo executada em concreto nos últimos três anos, sendo a única com tanta exuberância no Sul do Brasil.

ATUALIZANDO

De acordo com o Sistema Nacional (Versão Abr/2022) a extensão da rodovia aumentou para 737,60 quilômetros, sendo 55,6 quilômetros em SC devido ao novo contorno viário implementado em Timbé do Sul – SC. E no RS um total de 682 quilômetros, pois estão realizando algumas melhorias também na região de Ijuí. Falta pavimentar, pouco mais de 8.3 quilômetros, próximos a boca da serra no município de São José dos Ausentes, para a finalização da obra. Já em Santa Catarina está quase tudo pronto, falta menos de 1 quilometro.

Quando concluída a BR-285 formará um Corredor Bi oceânico que interligará o Oceano Atlântico ao Pacífico. Produtos manufaturados no centro do Brasil poderão vir por cabotagem até o Porto de Imbituba e, através do Corredor Bi oceânico formado pela BR-285 e Ruta Nacional e seguir em direção ao Chile.

Dessa forma, nossos produtos podem chegar a Ásia com vários dias de economia de navegação. Sem a necessidade de dar voltas pela Patagônia ou pelo Canal do Panamá.

O percurso conta com quatro viadutos, duas pontes e o Contorno de Timbé do Sul, já estão finalizados. No km 39, na localidade da Rocinha, ocorre também a construção do posto que servirá de base para Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A Serra da Rocinha teve atrasos pois o projeto inicial não tinha as contenções. O projeto do Lote Catarinense teve que ser alterado alguns meses atrás pois não contemplava o detalhamento das contenções (proteções que evitam desmoronamento).

Para não acontecer caso semelhante no Lote Gaúcho, o DNIT foi rígido nas análises, provavelmente para que não ocorram aditivos como aconteceu no lote Catarinense. Teve disciplinas que a Iguatemi teve que apresentar três vezes para aprender fazer da forma correta.

O DNIT do RS já encaminhou para Brasília a documentação. Já passou pela direção do DNIT de Brasília e na última Sexta-feira o departamento de projetos já assinou o documento de autorização para a revisão final.

Agora estamos na “reta final” junto com vários outros projetos do Brasil. Porém a vantagem que temos em relação a outros projetos são às seguintes:

Já tem equipe mobilizada em São José dos Ausentes - RS, como é o caso do primeiro pontilhão do lote gaúcho, próximo à divisa com SC que já está em se encaminhando para conclusão;

Há também aproximadamente R$ 30 Milhões empenhados no contrato do trecho do RS:

O outro aspecto bastante positivo é que todas as licenças ambientais estão em dia. O Ibama esteve recentemente na BR-285, realizando vistoria e alinhando alguns cuidados ambientais para os caminhos de serviço do próximo pontilhão que iniciará a qualquer momento.

Estamos cobrando dos Deputados e Senadores para que os projetos finais de engenharia sejam os primeiros a serem analisados. Essa semana a equipe do MobiCaxias juntamente com lideranças dos Campos de Cima da Serra estiveram reunidos com o Vice-Presidente da República, no Ministério e estiveram vários em Gabinetes de Deputados e Senadores. Hoje em Bom Jesus, foi cobrado novamente um Deputado Federal que estive visitando o 30o Rodeio Crioulo Nacional em Bom Jesus.

Além da questão turística de acesso às praias com mais de 100 quilômetros de de menor distância. A economia com a movimentação de cargas da produção regional. Há o “diamante da coroa”, nossa região passará a fazer parte de um Corredor Bioceânico que interligará o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico.

Produtos manufaturados no centro do Brasil poderão vir por cabotagem até o Porto de Imbituba e através o Corredor Bioceânico formado pela BR-285 e a Ruta 16 na Argentina seguir em direção ao Porto de Antofagasta no Chile e dessa forma chegar aos países Asiáticos, com vários dias de economia de navegação e sem a necessidade de dar voltas pela Patagônia ou pelo Canal do Panamá.

Gratidão a cada um de vocês, integrantes do Grupo “CAMINHOS DA NEVE’         em ajudado a “empurrar esse trem” que já está andando, e tem consumido energia de muitos colaboradores. Em fim há motivos para comemorarmos mais etapa concluída esta semana. Boas notícias começarão a pipocar, agora qualquer Portaria de Aceite e Aprovação já é motivo de festa.

Lideranças regionais que monitoram a retomada do trecho do RS, informam que está tudo está se encaminhando para a aprovação final dos projetos finais de engenharia, e a qualquer momento as obras de terraplanagem serão retomadas no RS. Pois a BR-285 faz parte das 13 obras prioritárias do RS. O Ibama esteve recentemente na rodovia, realizando vistorias e alinhando alguns cuidados ambientais para os caminhos de serviço.

JESUÍTAS

As missões Jesuíticas estão localizadas na região de São Miguel das Missões. Sobre os Jesuítas, historiadores, em seus registros, apontam os municípios de Vacaria, Lages, Bom Jesus, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urubicí e Bom Retiro, onde os padres, com a ajuda dos índios, criavam o gado, trazidos em navios, pelo Jesuíta, Cristovão de Mendonça, por volta de 1600,

Os animais se espalharam pela região da Vacaria dos Pinhais, para se procriarem e, assim, entre as densas matas de araucárias da Mata Atlântica, de difícil acesso, os animais se multiplicaram. Por volta de 1740 existiam milhares e milhares de cabeças, quando começou a derrocada dos Jesuítas, com a ascensão ao Vaticano, por um Papa Português que perseguiu os Jesuítas e determinou o fim das Missões.

Os índios preavam (domavam) o gado para seguirem em tropas até as Vacarias do Mar, localizadas entre Pelotas e Rio Grande, onde eram carneados por escravos e feito o charque e curado o couro que, dali seguiam, inclusive para exterior. Parte das tropas seguiam para as Reduções Jesuíticas, para alimentar os índios. Em São Miguel das Missões existia a maior concentração de missioneiros.

Mais recentemente, o empresário, empreendedor e visionário, Wirto Schaeffer, ligado ao turismo, idealizou a “Rota dos Jesuítas”, em trajeto menos extenso, mas onde se concentra as mais importantes belezas da região e de onde os turistas, além da boa acolhida que recebem, existe cultura, gastronomia e a contemplação da natureza em diferentes altitudes, da Serra ao Mar.

A Rota dos Jesuítas é apresentada como mais um atrativo turístico do sul do Brasil, pois estão integradas através das Serras do Rio do Rastro, Corvo Branco e Rocinha. O caminho dos Jesuítas passa pelos municípios de Bom Retiro, Urubicí e Bom Jardim da Serra, Lauro Müller, Treviso, Siderópolis, Nova Veneza, Forquilhinha, Meleiro, Turvo e Timbé do Sul, até São José dos Ausentes.

A Rota dos Jesuítas continua passando por Bom Jesus, Vacaria, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Panambi e São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, onde a comunidade da região se mobilizou e realiza um espetáculo de luzes e vozes, na mais preservada Catedral do tempo dos Jesuítas na América do Sul.

WIRTO

O empresário, empreendedor e visionário Wirto Schaeffer, tem uma longa história no turismo. Construiu, o Treze Tílias Park Hotel, naquela cidade, do Oeste catarinense. Em São Joaquim, impulsionou a construção do São Joaquim Park Hotel e, em Urubici, o Urubici Park Hotel. Podemos registrar, sem sombra de dúvidas, que Urubici, antes da chegada de Wirto era uma cidade. Wirto, construiu uma nova história, a partir do Urubici Park Hotel.

O exemplo de Wirto, fez com que proprietários de fazendas e também da área urbana, construíssem inúmeras pousadas e restaurantes, o que trouxe um novo alento aos moradores da cidade, pois além das belezas naturais hoje existe infraestrutura para o turismo que movimenta 56 atividades ligadas ao setor.

SERRA GAÚCHA

De São José dos Ausentes, Bom Jesus ou por Cambará do Sul (onde existe o belo cânion do Itaimbézinho), o turista pode seguir para a região das Hortênsias, que inclui São Francisco de Paula, Canela, Gramado e Nova Petrópolis. Dali podem seguir para a região dos Vinhedos, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Farroupilha, Bento Goncalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, em inesquecível viagem no tempo da Maria Fumaça, com apresentações folclóricas e degustação de vinhos.

GRAMADO

Sobre Gramado a mais importante cidade turista da serra gaúcha poderia se afirmar que existe duas histórias. Antes, ainda tímido, teve sua divulgação feita pelo jornalista Vinicius Bosllle e pelo professor Hugo Daros, então correspondente do Correio do Povo.

Depois com a chegada do empresário e também visionário Guilherme Paulus, teve multiplicada a infraestrutura receptiva. Ele construiu vários hotéis e trouxe milhares de turistas, para a serra gaúcha, através de sua empresa, a mega Operadora de Viagens CVC.

A divulgação de Gramado e das serras gaúcha-catarinense, foi, então, realizada, pelo jornalista Artur Hugen, com apoio da Varig e Hotel Laje de Pedra, entre os anos 1977 a 2007, Brasil afora, divulgando e captando eventos para Gramado e região.

Neste período de 30 anos, coincidentemente, Gramado só teve dois prefeitos, o saudoso, Nelson Dinnebier (MDB) e Pedro Bertolucci (PSD) que se alternaram no Poder, pois não havia reeleição.

FESTURIS

1984, a também saudosa Silvia Zorzanello e a Relações Públicas Marta Rossi, criaram o Festival de Turismo de Gramado. Hoje é o Festuris – Festival Internacional do Turismo de Gramado, que reúne e promove além dos destinos turísticos importantes do Brasil e dos cinco continentes do planeta.

TARCÍSIO

Já a região dos vinhedos contou com o empreendedor e visionário Tarcísio Michielon, que construiu inúmeros hotéis de alto padrão. Uma pessoa importante, pois soube reunir os donos de vinhedos, levando os turistas para saborear a uva debaixo dos parreirais e degustar os vinhos nas próprias cantinas. Como presidente da Fenavinho, Tarcísio, introduziu novidades, com a participação do irreverente Joãozinho Trinta e sua equipe, criou coreografias em homenagem ao Deus Baco e ao evento.

A realização da Festa Nacional do Vinho, em Bento Goncalves, foi o gancho de divulgação dos inúmeros destinos da região, assim como Caxias do Sul, com a Festa Nacional da Uva, tornando-se a primeira transmissão, pela televisão brasileira, totalmente, a cores

UNESCO

É importante destacar ainda que, hoje os Cânions Verdes da América do Sul, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estão incluídos aos Parques Geodésicos da Unesco.

Da Redação com informações de assessorias de imprensa, Denit e Whats Sapp; Fotos de redes sociais, whats Sapp de grupos e arquivos pessoais: Edição: Artur Hugen