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Deputado Pepe aponta que orçamentos de alguns ministérios sofreram cortes de quase 70%

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Pepe Vargas alerta sobre o corte de investimentos do governo federal e desmonte dos serviços públicos

O deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (15) para alertar sobre o corte de investimentos do governo federal e desmonte dos serviços públicos. O parlamentar observou que apesar de Michel Temer estar há um ano e meio na Presidência da República implementando uma política econômica de caráter monetarista e um ajuste fiscal severo, os valores para diversas áreas estão muito abaixo do que foi investido pelo governo federal em 2012.

Entre os ministérios que Pepe comparou estão o das Cidades, cujo orçamento em 2017 é 67% menor que em 2012; o do Desenvolvimento Social, 41% menor; o da Educação, 46% menor; o da Saúde, 14% menor e o da Defesa, 44% menor. “Como se não bastasse ter lei orçamentária com valores muito mais baixos, no primeiro semestre o governo ainda fez um contingenciamento e os valores diminuíram ainda mais. No ministério das cidades, só 80% do orçado está liberado, no Desenvolvimento Social 75%, na Educação, 52%; na saúde, 53%. Então vejam que é um orçamento quase a metade do que era há cinco anos e ainda sofrendo corte de 50% do que está orçado", enumerou.

Apesar de todos estes cortes, acrescentou Pepe, o governo ainda enviará para a Câmara aprovar uma revisão da meta fiscal, admitindo que o déficit público será maior que na meta fiscal aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Isso demonstra duas coisas: que o ajuste fiscal está produzindo desajuste, pois ao cortar investimentos, o governo deprime a economia e isso combinado à falta de investimentos privados, leva à baixa arrecadação fiscal e o consequente desajuste das contas públicas. A segunda coisa, ao mandar nova meta demonstra a hipocrisia do discurso dos golpistas que justificavam para fazer o impeachment as pedaladas fiscais. Nada como um dia depois do outro para mostrar que o discurso era de ocasião para derrubar governo legítimo”.

Artur Hugen, com informações do AI, Claiton Stumpf/Foto: Divulgação