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Brasil avança nas metas para o clima

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Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Sarney Filho declara que ações para conter o aquecimento do planeta já estão em curso no país

Políticas para conter o aquecimento global estão sendo implementadas em diversos setores econômicos do país. Em audiência pública no início da semana, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, declarou que medidas na área florestal já contribuem para o alcance da meta brasileira de corte de emissões no contexto do Acordo de Paris sobre mudança do clima.

O assunto foi debatido em reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

A promoção da economia florestal foi apontada como uma das principais medidas que contribuem, desde agora, para o alcance da meta brasileira de corte de emissões, conhecida como NDC. “A implementação da NDC pelo Brasil já está em curso”, ressaltou o ministro. O plano que permitirá a concretização da meta está sendo construído pelo governo com a sociedade. “A estratégia em elaboração dará mais eficiência ao processo, mas diversas ações já estão acontecendo”, acrescentou.

As soluções envolvem o incentivo a atividades econômicas e o reconhecimento das ações de conservação. “O que resolve é fazer com que os serviços prestados pelo bioma possam valer mais do que a floresta derrubada”, explicou o ministro. Entre essas atividades, Sarney Filho destacou o manejo florestal sustentável, as ações em reservas extrativistas e o fomento a instrumentos normativos e econômicos nos planos de controle do desmatamento na Amazônia e no Cerrado.

SECAS

Eventos extremos como grandes estiagens e enchentes associados à mudança do clima estão entre os alertas feitos pela sociedade civil. No norte de Goiás, por exemplo, as secas poderão durar até oito meses em um futuro próximo, enquanto hoje a região já experimenta uma média de quatro meses sem chuvas. Os dados integram estudo recente da WWF Brasil citado por Renata Camargo, do Observatório do Clima. “As consequências disso são gravíssimas”, avisou.

Para evitar esses e diversos outros prejuízos, a comunidade internacional tem se unido para frear o aquecimento do planeta. Em novembro próximo, será realizada a 23ª Conferência das Partes (COP 23) sobre mudança do clima em Bonn, na Alemanha. Na reunião, mais de 190 países discutirão os próximos passos da implementação do Acordo de Paris.

O Acordo de Paris

Concluído em 2015, o Acordo de Paris é um esforço mundial para conter o aumento da temperatura média do planeta. Para isso, cada país apresentou uma meta de corte de emissões para fazer sua parte frente à mudança do clima. Nesse cenário, o compromisso brasileiro está entre os mais ambiciosos e prevê a redução de 37% das emissões até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030 – ambos em comparação aos índices registrados em 2005.

Para isso, o Brasil propõe, entre outras coisas, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel.

 Artur Hugen, com informações e imagem do MMA