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Chegada de navio gigante dá início à nova fase do Porto de Imbituba

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Cap San Juan, o gigante dos mares foi construído na Coreia do Sul mas tem bandeira da Alemanha, onde foi registrado

O governador Raimundo Colombo e a direção do Porto de Imbituba acompanharam a operação desta terça, junto a autoridades da região. “O porto já vem apresentando resultados extraordinários e agora passamos a contar com essa nova linha que vai trazer um ganho extraordinário.

O Estado fica ainda mais competitivo e o Porto de Imbituba se consolida como o porto que mais vai crescer no Brasil”, avaliou Colombo.

“É um verdadeiro divisor de águas. Essa nova linha vai colocar o porto em uma posição diferenciada e garantir competitividade para atrair outras linhas para diferentes regiões”, acrescentou o presidente do Porto de Imbituba, Rogério Pupo.

Ao visitar as instalações do navio, o governador e o comandante Fandrich Florian trocaram homenagens diante da importância da nova linha tanto para o Estado quanto para as empresas envolvidas.

Serão 13 navios se revezando na nova linha, sendo que o trajeto completo demora cerca de 90 dias, saindo de Busan, na Coreia do Sul, e passando por países como China, Singapura, Malásia, Argentina e Uruguai, além do Brasil, antes de retornar para Coreia do Sul. Cinco empresas armadoras vão operar na linha de longo curso: Hamburg Sud, Hapag-Lloyd, Hyundai, NYK e ZIM.

No total, são 19 portos atendidos pela rota comercial. Em Santa Catarina, os navios atracarão em Imbituba, no Sul do Estado, e também em Itapoá, no Norte. Ainda nesta terça, o Cap San Juan deixaria Imbituba rumo a Itapoá, de onde parte nesta quarta-feira para continuar a rota. Entre os embarques feitos em Imbituba, estão cargas de produtos como couro, madeira, cerâmica e proteína animal. 

Administrado pela SCPar Porto de Imbituba, subsidiária da SC Participações e Parcerias, do Governo do Estado, o Porto de Imbituba entrou na escala diante de suas tarifas competitivas e da profundidade de acesso marítimo, a maior entre os portos públicos do Sul do país e uma das maiores do Brasil, com destaque para dois berços de atracação com 15 metros. 

O diretor presidente da SC Par, Gabriel Ribeiro Vieira, explica que a capacidade do Porto de Imbituba é para receber até 500 mil TEUs (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés) por ano e a expectativa da administração é que apenas a nova linha movimente cerca de 70 mil TEU por ano.
Desde que passou a ser administrado pelo Governo do Estado, em 2012, o Porto de Imbituba tem apresentado crescimento expressivo. O resultado de 2016 ficou marcado pelo maior índice de movimentação desde o início de suas operações. Ao longo do ano passado, o porto movimentou 4.803.186 toneladas, um crescimento de mais de 40% em relação ao desempenho de 2015.

O governador Colombo aproveitou a ocasião para parabenizar toda a equipe do porto. “Temos aqui um grupo técnico, profissional e eficiente”, destacou.

Dados do navio Cap San Juan:
Largura: 48,40 m
LOA (comprimento) 331,00 m
Altura: 69,08 m
Tripulação (contando o comandante): 24 pessoas
Bandeira (onde foi registrado): Alemanha
Ano de construção: 2015
Peso total: 123.101 toneladas
Local de fabricação: Coreia do Sul

Veleiro de pesquisas foi lançado ao mar em Santa Catarina

O Veleiro Eco, construído e projetado no Sapiens Parque por alunos, professores, técnicos e engenheiros da UFSC, foi lançado ao mar na manhã desta quarta-feira, 6, às 9h em estaleiro que fica sob a cabeceira da ponte Hercílio Luz, na parte continental de Florianópolis. Essa é a primeira embarcação catarinense que será usada em expedições e pesquisas oceanográficas no Brasil. Foram investidos R$ 2,3 milhões sendo R$ 210 mil do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

A embarcação foi construída no Sapiens Parque, no Bairro Canasvieiras, em Florianópolis e entre esta terçae quarta-feira será transportada por uma carreta até o estaleiro. Com  5,2m de altura, 20m de comprimento e 5,4m de largura, uma logística foi preparada com uma equipe de apoio que seguirá na frente da carreta retirando ou deslocando possíveis obstáculos, a exemplo de semáforos, sinalizações e fiações. A previsão é de aproximadamente quatro horas para concluir o transporte.

Quando estiver na água serão realizados alguns testes para depois seguir até uma marina em Biguaçu, onde será instalado o mastro e a finalização dos testes. Está previsto seguir para Itajaí no dia 30 de setembro e em 3 de outubro haverá a solenidade de batismo com o lançamento oficial do Veleiro ECO UFSC. A sua primeira expedição tem destino a Ilhas São Paulo, São Pedro e Trindade.

Com 60 pés, o Veleiro é feito de alumínio naval, soldado com tecnologia TIG e MIG de última geração, sendo grande parte por métodos automáticos. Terá capacidade de hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. Possui características de segurança e navegabilidade, permitindo expedições científicas de grande porte, incluindo as polares, particularmente a Antártica. A quilha retrátil permitirá ainda a navegação em águas rasas de mangues e estuários de rios, áreas pouco exploradas pelas ciências nacional e internacional.

O projeto tem recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

"Valeu a pena o investimento do Estado neste projeto de vanguarda, e inédito, pois a Universidade Federal passa a ser a única do país a ter um veleiro deste tipo para expedições científicas. O foco vai ser tratar do lixo plástico no oceano, um grande problema mundial. Ele vai se integrar a um projeto internacional, o Atlantic International Reseach Center (AIR Center), organização científica internacional voltada à pesquisa no Oceano Atlântico", disse o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni. 

Artur Hugen, com informações e imagens do GSC