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Sartori reconhece divulgação do tradicionalismo gaúcho no Brasil e no mundo

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Estado reconhece os tradicionalistas que levam os costumes e a cultura gaúcha para além das fronteiras do Rio Grande do Sul

Nas comemorações da Semana Farroupilha de 2017, o governo do Estado reconhece os tradicionalistas que levam os costumes e a cultura gaúcha para além das fronteiras do Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (15), o governador José Ivo Sartori entregou diplomas de embaixadores e cônsules honorários a lideranças do movimento tradicionalista de outros estados da federação e do exterior. 

Para Sartori, o agraciamento é um momento oportuno em reconhecimento àqueles que levam o exemplo do 'povo aguerrido e trabalhador' para os demais povos e culturas nacionais e internacionais. “O Rio Grande do Sul vive tempos de travessia e vocês representam aquilo que temos de mais valioso: as pessoas. Continuem levando consigo o amor ao Rio Grande e espalhando o orgulho da nossa terra por onde passam”, almejou. 

O secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Victor Hugo, cantou trecho da música Negrinho do Pastoreio, em homenagem ao seu antecessor, o folclorista Luiz Barbosa Lessa, que muito contou sobre a história e tradição do estado em suas letras. “A tradição está aqui, no tempo, nas vestes e no futuro. Prossigam as suas caminhadas, onde quer que vocês estejam, reforçando a nossa identidade. A partir de hoje, com as honrarias que receberam, vocês estarão aquecendo ainda mais a tradição”, ressaltou. 

Conforme o presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, João Ermelino de Mello, são mais de 20 milhões de tradicionalistas por todo o Brasil. “Somente em piquetes são mais de 5 mil nos três estados do Sul. Por isso, a nossa tradição está de parabéns. Devemos o nosso muito obrigado a essas prendas e peões que trabalham no RS pela nossa tradição. São vocês que fazem com que nos espelhemos e que as gerações futuras sintam e transmitam essa essência com orgulho”, reforçou. 

O compositor e tradicionalista Nico Fagundes, falecido em 2015, foi lembrado durante a cerimônia como um dos maiores exemplos da cultura gaúcha. A cerimônia citou também de Paixão Cortes e teve declamação da porto-alegrense Liliana Cardoso. A banda da Brigada Militar deu início e fim à comemoração. 

Novos embaixadores e cônsules da tradição gaúcha 

Os títulos e diplomas são uma honraria entregue pelo governo do Estado desde 2008. Entre os novos embaixadores diplomados está o fundador do primeiro Centro de Tradições Gaúchas nos Estados Unidos e primeiro presidente da Confederação Norte-americana do Tradicionalista Gaúcho Brasileiro, Jatir Cosme Delazeri. 

Conforme o tradicionalista, a instalação do centro cultural deu-se em 1992, em Los Angeles, onde segue até hoje com festividades que atraem a curiosidade dos norte-americanos. Os eventos ocorridos durante a Semana Farroupilha chegam a receber cerca de 800 pessoas e conta com a apresentação de danças e comidas típicas. “O estadunidense quando vê a prenda gaúcha se lembra da avó e relembra também do passado, porque a cultura é muito parecida com a nossa”, conta Delazari. “O dia de hoje mostra que o governo gaúcho percebe como é boa essa divulgação”, complementa. 

Os diplomas de embaixador honorário também foram entregues a Luiz Lauro Klaus, representante do vice-presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho de São Paulo, Eduardo Larsen; e a Jorge Francklin, representante do vice-coordenador da 40ª Região Tradicionalista, que foi patrão do Piquete de Tradições Gaúchas China Veia, na China, Crodoaldo Batista de Araújo. 

Os diplomas de cônsules foram para Angelo Porfírio e Marcileia Capilania de Souza, do movimento tradicionalista de Mato Grosso; Alberi de Abreu, Darlan de Souza e Dalton Castro de Camargo, de Mato Grosso do Sul; Mário Cesar Dalpont Silvério e Renato Mendes, de Santa Catarina; Douglas Ferreira Schlichting e Elias Vizzotto, do Paraná; Edson Flores e Paulo Toscano, do Distrito Federal; Irany Varella e José Pereira, de São Paulo.

Polo Carboquímico pode atrair 4,4 bilhões de dólares em investimento

A criação de uma política estadual do carvão mineral e a instituição do Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul foram apresentadas nesta sexta-feira (15) pelo governador José Ivo Sartori e pelo secretário de Minas e Energia, Artur Lemos, em solenidade no Palácio Piratini. O projeto de lei, que será encaminhado à Assembleia Legislativa, prevê a criação de dois complexos carboquímico, um na Região Carbonífera e outro na Campanha. 

A iniciativa vai reduzir a dependência externa de insumos para a agropecuária e indústria e promover o desenvolvimento econômico sustentável, a partir do uso do carvão mineral. A criação do Polo Carboquímico vai dar segurança jurídica e normatizar o setor. O Complexo Carboquímico da Região Carbonífera abrange as cidades de Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, Eldorado do Sul, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo. O segundo, o Complexo Carboquímico da Campanha, está previsto para os municípios de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul. 

Sartori destacou o papel importante que o carvão tem na geração de energia em todo o mundo e disse que desde o início de sua gestão o governo vem buscando soluções para potencializar o uso do mineral. “Este projeto é mais um resultado do trabalho extensivo, que vai reduzir a nossa dependência externa de insumos, além de promover o desenvolvimento econômico sustentável a partir do uso do carvão mineral”, ressaltou. 

O governador citou a recente missão ao Japão, em junho deste ano, como uma experiência exitosa onde se conheceu mais sobre as alternativas para o uso do carvão em que o Rio Grande do Sul pudesse avançar e destacou que o estado possui hoje cerca de 90% das reservas do Brasil. 

Segundo o secretário Lemos, o potencial de investimento do Polo Carboquímico é de cerca de 4,4 bilhões de dólares e garantiu que é “possível atrair investidores e precisamos mostrar que este é um cenário favorável”. Lemos afirmou que o governo fez um estudo aprofundado sobre o tema, onde se demonstrou que é economicamente viável a implantação de um polo no estado para a produção de insumos necessários para a atividade econômica. “O Polo Carboquímico vai modificar a matriz econômica do estado. Estamos cumprindo uma exigência constitucional e ao mesmo tempo dando segurança jurídica ao investidor”, afirmou. 

O projeto também cria o Programa de Incentivo ao Uso Sustentável e Diversificado do Carvão Mineral do Rio Grande do Sul (Procarvão - RS). O programa visa à ampliação da formação e à preparação da mão de obra, com a criação e implantação de cursos técnicos, tecnológicos e de educação continuada em áreas correlatas aos setores objetos desta lei. O Procarvão - RS vai auxiliar na elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento da Região Carbonífera. 

Artur Hugen, com GRS/Foto: Dani Barcellos/Palácio Piratini