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Maggi negocia em Moscou ampliação do comércio agrícola Brasil-Rússia

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Maggi que esteve em Moscou, neste sábado, estará em Colonia, na Alemanha

Em viagem a Moscou, o ministro Blairo Maggi (Agricultura)  negociou a ampliação do comércio bilateral agrícola entre Brasil e Rússia. Segundo ele, o setor do agronegócio brasileiro quer aumentar as exportações de carnes bovina e suína e de soja para aquele mercado, além de ter um maior número de frigoríficos habilitados para embarques. A Rússia, por sua vez, espera vender trigo, pescados (bacalhau in natura) e cortes de picanha de gado para o Brasil.

“Estamos negociando e com certeza vamos avançar”, disse Maggi. “Sempre repito que o comércio internacional tem duas vias: os países e as empresas querem comprar, mas também desejam vender.” Em Moscou, ele já teve reuniões com o ministro da Agricultura russo, Alexander Tkatchev, e com empresários para tratar do comércio bilateral.

Maggi destacou que a produção agrícola russa vem crescendo nos últimos tempos. “Neste ano, por exemplo, a safra de trigo da Rússia é calculada em 80 milhões de toneladas. Por isso, o país busca um acordo fitossanitário com o Brasil para que o cereal deles tenha acesso ao nosso mercado, que importa cerca de 5 milhões de toneladas por ano.”

De acordo com Maggi, a Rússia também está aumentando a área de cultivo de soja e milho e a criação de suínos e bovinos. “Então, num prazo de 10 anos, o país será autossuficiente em tudo e também quer exportar, o que é natural. E nós, brasileiros, queremos que nossos alimentos tenham maior participação naquele mercado.”

Em 2016, as exportações agrícolas do Brasil para a Rússia totalizaram US$ 2,07 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,06 bilhões. Os principais produtos embarcados foram carne suína in natura (US$ 513,4 milhões), soja em grãos (US$ 411,1 milhões) e carne bovina (US$ 389,8 milhões). Já as vendas de alimentos russos para o mercado brasileiro foram de US$ 4,74 milhões.

Maggi esteve na Rússia até ontem(5), depois, viajou para Colônia, Alemanha, onde visita a feira de Anuga, no sábado (7). O ministro chefia missão à Europa acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, do diretor do Departamento de Promoção Internacional, Evaldo da Silva Júnior, e do analista de comércio exterior Adilson Oliveira Farias. 

Brasileiro que preside o Codex quer maior participação dos 188 países membros

Em sua primeira reunião do Comitê Executivo, depois de eleito presidente do Codex Alimentarius, Guilherme da Costa, destacou que o novo plano estratégico (2020-2025) será elaborado de forma conjunta, fortalecendo a participação dos membros do comitê. O objetivo é chegar a melhores resultados na proteção da saúde humana e na promoção de práticas justas no comércio de alimentos.

“Fortalecidos, os comitês nacionais levarão a uma maior participação e envolvimento em toda a cadeia de produção com padrão internacional do Codex”, acredita o presidente brasileiro, servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Obtenção de recursos

Guilherme Costa destacou, em pronunciamento, a necessidade de cooperação contínua com membros  do Codex e a determinação de explorar todas as vias possíveis de financiamento para a sustentabilidade dos programas de aconselhamento científico, mantendo a independência do trabalho.

Vinculada à ONU, à FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e à OMS (Organização Mundial de Saúde), a entidade trata de padrões, diretrizes e recomendações para a segurança, qualidade e comércio leal de alimentos de 188 países membros.

O novo presidente explicou que com os três vice-presidentes pretende participar de reuniões, sempre que possível, para prestar apoio e conselhos sobre questões fundamentais ou consideradas desafiantes. E enfatizou a importância de aproveitar todas as oportunidades para promover o trabalho e os valores do Codex para diferentes grupos e públicos.

Artur Hugen, com Mapa/Fotos:Divulgação