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Missão liderada por Colombo trata de programas de prevenção às cheias e do SC Rural com dirigentes do Banco Mundial nos EUA

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Em Washington, o governador Raimundo Colombo foi recebido pela gerente do setor de agricultura para a América Latina e Caribe, Preeti Ahuja, pelo especialista Garry Charlier e pelo economista Tomas R. Rosada e agradeceu pelo sucesso da primeira etapa

O governador Raimundo Colombo participou, na tarde desta terça-feira, 23, de duas reuniões com dirigentes do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos, para tratar da continuidade dos programas de prevenção aos desastres naturais e do SC Rural, executados pelo Governo do Estado.

Na primeira audiência, Colombo entregou a Carta Consulta da segunda etapa do Projeto de Prevenção e Mitigação de Desastres de Santa Catarina para o diretor sênior do Banco Mundial, Ede Jorge Ijjasz-Vasquez. O encontro contou com a participação dos secretários de Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, e de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira.

Depois de agradecer pela atenção, o governador destacou que desde 2011 o Estado investe em ações para reduzir os impactos causados pelas enchentes, principalmente no Vale do Itajaí. Até agora, lembrou Colombo, foram entregues as sobrelevações das barragens de Taió e Ituporanga, entre outras obras, que seguiram as orientações da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão). Os estudos estavam com o Estado desde as catástrofes de 2008. “Todo esse reforço que está sendo feito em Santa Catarina é para proteger as pessoas em relação às questões climáticas”, salientou.

O governador disse que o Estado já investiu na construção dos radares meteorológicos de Lontras (Vale do Itajaí), Chapecó (Oeste) e Araranguá (Sul) que cobrem 100% do território catarinense, melhorando a prevenção de chuva, granizo e ventos fortes e implantou um serviço pioneiro de envio de alertas por SMS para a população. Colombo explicou ao diretor do banco que a ampliação das barragens foi fundamental para minimizar os impactos causados pelo excesso de chuva e a cheia do Rio Itajaí-Açu, principalmente em Blumenau e Itajaí na metade do ano passado.

O secretário Rodrigo Moratelli ressaltou que o estudo entregue ao Banco Mundial teve como marco inicial a análise preparatória para o Projeto de Prevenção, com destaque para as obras no Alto, Médio e Foz do Rio Itajaí-Açu. “O programa está dividido em várias etapas para a implementação das medidas identificadas para cinco, dez, 25 e 50 anos de recorrência das enchentes, com prazo de finalização em 2024”, observou Moratelli.

Em 38 páginas, a Carta Consulta, se aprovada pelo Banco Mundial, prevê investimentos na bacia do Rio Itajaí estimados em R$ 829,466 milhões, com prazo de execução em três anos. “Estão previstas melhorias fluviais no Alto Vale, em Taió, Rio do Sul e Lontras, no Médio Vale, em Timbó, Blumenau e Gaspar, e as obras no Rio Itajaí-Mirim, em Itajaí, e o Canal de Navegantes. Essa, de acordo com o secretário, é a obra mais complexa de todas, com viés de desenvolvimento urbano e econômico para a cidade. Para a construção da barragem de Botuverá  falta apenas o licenciamento ambiental para o início dos trabalhos.

O secretário aproveitou o encontro para apresentar um vídeo institucional sobre o que o Estado já realizou na área da Defesa Civil desde 2011 e informou que, em março, será inaugurado o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres, em Florianópolis. Outros 20 Centros Regionais serão instalados no Estado. Moratelli convidou o diretor do Banco Mundial para participar do 2º Seminário Internacional de Políticas de Redução de Riscos, previsto para março, para compreender como Santa Catarina evoluiu nas ações para reduzir os impactos dos desastres para a população.

Em sua explanação, o secretário Carlos Adauto Virmond Vieira destacou os indicadores de desenvolvimento econômico de Santa Catarina.

O diretor Ede Jorge Ijjasz-Vasquez afirmou que o Banco Mundial tem interesse em continuar investindo nos programas de prevenção de Santa Catarina, ressaltando que técnicos da instituição deverão visitar o Estado para futuros contatos. Ijjasz-Vasquez disse que os projetos precisam ser inovadores para serem aprovados.

Também participaram do encontro o secretário-adjunto da Defesa Civil, Fabiano de Souza, e o gerente de Assuntos Internacionais, Guilherme Bez Marques.

Nesta quarta-feira, 24, ainda em Washington, o governador Raimundo Colombo e o secretário Rodrigo Moratelli fazem palestra no Seminário de Emergências Complexas e Respostas a Desastres no Colégio Interamericano de Defesa, da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Santa Catarina Rural elogiado pelo Banco Mundial

No segundo encontro, o governador Raimundo Colombo foi recebido pela gerente do setor de agricultura para a América Latina e Caribe, Preeti Ahuja, pelo especialista Garry Charlier e pelo economista Tomas R. Rosada e agradeceu pelo sucesso da primeira etapa do programa SC Rural, executado pelo Estado com o financiamento do Banco Mundial.

O governador reafirmou que a intenção do Governo é deixar tudo encaminhado para a realização da segunda etapa do SC Rural a partir de 2019 e 2020.

O programa tem uma imagem consolidada na geração de oportunidades e na profissionalização dos jovens agricultores, contribuindo para reduzir o êxodo rural no campo.

Preeti Ahuja elogiou os excelentes resultados apresentados pelo SC Rural e destacou que o Banco Mundial deseja manter o financiamento em uma segunda etapa, desde que o Brasil faça o ajuste fiscal, possibilitando a realização de novos empréstimos. “O SC Rural é um projeto utilizado como modelo para outros estados pelo Banco Mundial”, elogiou a dirigente.

Esta é a 16ª missão internacional liderada pelo governador Raimundo Colombo desde 2011, sendo seis no atual mandato.

Artur Hugen, com Secom/GSC/Fotos: Claudio Thomas/ Doia Cercal/Secom