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Municípios atingidos pela estiagem apresentam demandas em reuniões no Ministério da Integração e na Defesa Civil

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A senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) e deputados da bancada gaúcha participaram da reunião com ministro da Integração. Nesta quinta, haverá encontro com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha

Prefeitos da Zona Sul e das regiões da Campanha e Carbonífera do Rio Grande do Sul detalharam ao ministro da Integração, Helder Barbalho, e ao secretário nacional da Defesa Civil, coronel Renato Newton, as dificuldades enfrentadas pela população afetada pela grave seca que atinge 31 municípios. A senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) e deputados da bancada gaúcha participaram da reunião.

Além da falta de água, que provocou prejuízos na agricultura e pecuária, agora falta comida para famílias carentes em alguns municípios, como Hulha Negra. O prefeito Carlos Renato Teixeira Machado contou que apenas quatro dos oito poços artesianos do município contêm água para abastecer os 6,5 mil habitantes.

— O remanejamento de água para outros poços tem que ser feito de madrugada para não despertar revolta nos moradores das regiões onde estão os poços com água. A ajuda com alimentação recebida do governo federal não foi suficiente e o município não tem recursos para custear a alimentação dessas famílias — destacou.

Os prefeitos foram orientados sobre como enviar documentos para terem homologados os decretos de emergência e a solicitação de ajuda ao governo federal. Ficou acertado que a Defesa Civil estadual irá distribuir cestas básicas e garantirá verba para custear o combustível e a locação de caminhões pipa para distribuição de água. A ajuda está garantida até o fim de abril.

A prefeita de Cristal, Fábia Richter, e o prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara, pediram um olhar especial para os municípios gaúchos.

— As ações têm que ser imediatas. As pessoas estão com dificuldades para beber água e estão aumentando as doenças diarreicas. Perdemos 80% da soja e é necessário que o governo ajude os municípios com ações emergenciais, mas, também, invista em ações de prevenção que sejam continuas — cobrou Fabia Richter.

Nesta quinta-feira, a comitiva de prefeitos, acompanhada pela senadora Ana Amélia, vai se reunir com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar da grave seca. Além da liberação de recursos para atender as demandas dos municípios afetados pela seca por um período mais longo, o ministro Helder comprometeu-se a conversar com o Padilha sobre a liberação de R$ 23 milhões para repassar aos 21 municípios atingidos pelas enchentes em 2017.

Manifestação em Bagé contra a ida de Lula ao município é destacada pela senadora na tribuna

Em discurso na tribuna, nesta terça-feira (20), a senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) comentou a passagem da caravana do ex-presidente Lula por Bagé e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, no dia anterior.

- A manifestação, que tomou conta das redes sociais fez com que os bageenses honrassem a tradição gaúcha pelo ato democrático e político – disse a senadora.

Ana Amélia destacou a mobilização das lideranças rurais de Bagé para evitar que um prédio público, "que pertence à sociedade e não a um partido político", fosse usado como palanque eleitoral.

A parlamentar citou a “advertência” feita a Lula pelo ex-presidente uruguaio José Mujica, durante conversa entre eles na praça de Santana do Livramento, de que para defender os pobres precisa demonstrar que está do lado dos pobres, não viver como rico.

Além de cumprimentar os bageenses pela manifestação, a senadora criticou as declarações do ex-presidente Lula de que pessoas teriam ganho algo para ofendê-lo.

- Não faça pouco caso Lula. Quem protestou, fez com dignidade, espontaneamente – disse.

Santa Maria

Nesta quarta-feira (21), nas redes sociais, Ana Amélia voltou a criticar as declarações de Lula. No dia anterior, em Santa Maria, o ex-presidente disse que “fazendeiros têm dois prazeres na vida: pegar dinheiro emprestado e dar calote no governo”. Em resposta, a parlamentar disse que “essa é a democracia de Lula: atacar todos que são contra o PT e sua ideologia bolivariana”. Acrescentou ainda que a declaração “é um desrespeito aos agricultores gaúchos, que defendem o cumprimento da lei”.

Artur Hugen, com AI/Gabinete/Fotos: Gabriel Munhoz