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Plano Agropecuário deve atender produtores de aves prejudicados pela greve

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Ministro Blairo Maggi admitiu que recursos podem ser remanejados antes do anúncio do PAP previsto para a semana que vem

Em entrevista em São Paulo, onde participou do Fórum de Investimentos Brasil 2018, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) admitiu que poderá atender necessidade de crédito dos produtores de aves que tiveram prejuízo com a greve dos caminhoneiros.

O recurso, segundo o ministro, deverá ser direcionado dentro do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), a ser anunciado na próxima semana.

“Temos um plano safra bastante grande. E é claro que o ministério tem na sua atribuição fazer política agrícola.

Se nesse momento, for importante deslocar algum recurso para as cooperativas, para os produtores se reorganizarem, em detrimento até de um novo projeto de investimento, faremos isso, sem nenhum problema”.

Uma reunião na tarde de ontem, com representantes de entidades do setor de proteína animal, de acordo com Blairo Maggi, permitirá saber melhor o tamanho dos prejuízos e das necessidades de crédito. “Algumas áreas perderam muito plantel e o plantel é o capital do produtor”, observou, acrescentando que em alguns casos, foi retardado o processo de crescimento das aves, administrando apenas milho, sem o acelerador de crescimento.

A falta de estoque de suprimentos nas granjas, de acordo com o ministro é comum no mundo inteiro. “O sistema é just in time. Não tem estoque. E é assim que funciona no mundo todo”. Maggi destacou que “ninguém vai dar nada de graça para ninguém. Mas também tudo o que aconteceu não foi provocado por má gestão ou por falta de providências imediatas”.

A utilização do Plano Agrícola e Pecuário para remanejar recursos é colocada como única alternativa de espaço fiscal para atender ao setor. “Com o teto de gastos que temos, para colocar algo, outro tem que sair, e a política agrícola vai seguir isso também com muito cuidado”.

Além da reunião com representantes do setor, a liberação de cargas que ainda acontece no dia de hoje em rodovias de importantes estados produtores como o Mato Grosso e Goiás, permitirá dimensionar melhor as necessidades dos produtores, observou.

O ministro considerou a greve um episódio fora da curva, que não atrapalha investimentos no país. “A gente vive num país livre, democrático. Agora tem que juntar os dados, aprender a lição de tudo o que aconteceu e seguir em frente”.

“Participamos de um mercado de produção de alimentos de mais de 150 países e as pessoas conhecem a qualidade do produto brasileiro, sabem da regularidade do fornecimento”, frisou. “Acho que o mais importante é que, apesar do que aconteceu, o país estará presente no mercado, no ano que vem, daqui dez anos, 20 anos, e é isso que faz com que o país seja atrativo para investimentos”.

Artur Hugen, com Coordenação-Geral de Comunicação do Mapa/Fotos: Antonio Araujo/Mapa

Aberta consulta pública para elaborar lista de espécies aquáticas exóticas

Até o próximo dia 7 de junho, está aberta consulta pública para a elaboração de lista de animais aquáticos exóticos introduzidos na biodiversidade brasileira, ou seja, de espécies que não são nativas do Brasil.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é o responsável por essa lista. A consulta tem o prazo fixado em 30 dias. A portaria 103 dessa consulta pública, foi elaborada pela Secretaria de Mobilidade do Produtor Rural e Cooperativismo (SMC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A listagem é necessária para a pesquisa e exploração econômica de espécies aquáticas inexistentes no país, para regulamentar a atividade e proporcionar segurança jurídica à aquicultura.

Com a possibilidade de multiplicação de novas espécies aquáticas o produtor vai ampliar a renda, pois terá espécies aquáticas melhoradas para a comercialização, e, a população vai ter mais alternativas de consumo.

As atividades com espécies exóticas não têm custo da repartição de benefícios resultante da utilização da biodiversidade (1% da receita líquida), o que está previsto na Lei 13.123 da Biodiversidade.

Artur Hugen, com Janete Lima da Coordenação-Geral de Comunicação do Mapa/Fotos: Divulgação