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Presidente da Febraban diz que aumento da CSLL para compensar do Refis do Simples vai aumentar mais ainda a inflação

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Isaac Sidney, presidente da Febraban( Foto: Arquivo)

(Brasília-DF, 29/04/2022) O Governo Federal reduzir o IPI de industrializados em 35% alegando que é para reindustrializar o país e que aumentou o CSLL(Contribuição sobre Lucro Líquido) para compensar o REFIS que deu ao Simples Nacional. Hoje, 29, o Presidente da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, Isaac Santos , criticou a medida afirmando que o Governo busca uma narrativa contra o banco e que não faz sentido aumentar a carga tributária em um momento em que a economia desacelera e quando a Selic e a inflação estão nas alturas. Em nota, Santos diz que a medida vai aumentar a inflação.

“...terá impacto na inflação, pressionando ainda mais a estrutura de custos das famílias e das empresas, retroalimentando o processo inflacionário. “, disse

Veja:

Nota do presidente da FEBRABAN sobre aumento da CSLL

O governo erra ao aumentar, mais uma vez, a alíquota da CSLL para os bancos, onerando consumidores, famílias e empresas, com crédito mais caro. A incidência de mais impostos pressiona o custo do dinheiro no país, particularmente em um momento em que a sociedade está suportando a subida da taxa básica de juros para conter a escalada da inflação. 

A busca de uma narrativa contra bancos, na suposição de que aumentar impostos do setor renderia dividendos políticos, acerta uma vez mais o cidadão e a economia, tornando mais caras linhas importantes no processo de recuperação econômica, como financiamento imobiliário e de veículos, crédito consignado e capital de giro.

A medida mostra insensibilidade com as pessoas e empresas, particularmente as micro e pequenas, que mais precisam de crédito. Nos últimos 12 meses, com a elevação da Selic e do custo de captação, já há aumento das taxas médias de juros.

Não faz sentido aumentar a carga tributária em um momento em que a economia desacelera e quando a Selic e a inflação estão nas alturas. 

A elevação de impostos, além de medida já reconhecidamente ineficaz para resolver os problemas estruturais do país, terá impacto na inflação, pressionando ainda mais a estrutura de custos das famílias e das empresas, retroalimentando o processo inflacionário. 

Para enfrentar as dificuldades fiscais, evitar impactos negativos no custo do crédito e propiciar a retomada consistente da economia, só há um caminho: perseverarmos na aprovação da agenda de reformas estruturais em tramitação no Congresso. 

Em 2021, o setor bancário brasileiro contribuiu com o governo e o país quando foi feito aumento de 5 pontos percentuais na alíquota da CSLL. A medida foi anunciada como temporária e restrita ao ano passado. Com surpresa e perplexidade, vemos o setor bancário, que já paga alíquota de 20% dessa contribuição contra os 9% pagos por todos os demais setores, mais uma vez ser penalizado, prejudicando o desenvolvimento de toda a economia.

Isaac Sidney 

Presidente da Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN

(da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)