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VIOLÊNCIA EM FOZ DO IGUAÇU: Justiça do Paraná determina que Polícia Civil faça novas diligências no caso da morte do guarda municipal Marcelo Arruda

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Marcelo Arruda e parentes no dia em que foi morto( Foto: Arquivo)

(Brasília-DF, 20/07/2022) O juiz Gustavo Arguello 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu determinou em despacho nessa segunda-feira, 18, que a Polícia Civil do Paraná terá que acrescentar novas diligências no inquérito policial que investiga a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, ocorrido no dia 9 de julho deste ano.

“Determino o retorno do inquérito policial à Delegacia de Polícia, via remessa off-line, para o urgente cumprimento das diligências investigavas requisitadas pelo Ministério Público”, diz parte do despacho, informa o Portal da Cidade, de Foz do Iguaçu.

O promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Tiago Lisboa, solicitou, também, nessa segunda-feira que uma das testemunhas volte a ser ouvida com urgência. Essa testemunha estava em um churrasco com Guaranho na Assemib, próximo da Aresf, e teria acessado as imagens das câmeras de segurança pelo celular.

Segundo o pedido, a testemunha terá que esclarecer “quem eram os outros 02 (dois) associados da ARESF que se encontravam no churrasco de confraternização que era realizado na ASSEMIB, posto que em seu depoimento (minuto 21:20), deixou de informar por ter sido interrompido”, diz o pronunciamento.

“Na sequência, após a indicação dos nomes, deverá a Autoridade Policial proceder à oitiva das testemunhas referidas, a fim de que prestem esclarecimentos sobre os fatos objeto do presente Inquérito Policial”, conclui o promotor.

Marcelo Arruda também era tesoureiro do PT e foi morto a tiros pelo policial penal federal Jorge Guaranho, durante sua própria festa de aniversário, decorada com os temas do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula.

A comemoração foi realizada na Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física (Aresf) e Guaranho, que é declaradamente apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), soube da festa ao ver imagens das câmeras de segurança através de membros da diretoria da Aresf que possuem acesso ao sistema.

O inquérito tinha prazo para terminar em até dez dias. No entanto, em apenas cinco foi concluído. Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por colocar em risco a vida de outras pessoas presentes na festa.

A família de Marcelo Arruda, através de sua defesa no caso, questiona a decisão, e reitera que a motivação do crime foi por intolerância política. Os advogados também questionam a conclusão antes da perícia do celular de Guaranho. Como ele possui senha, os trabalhos para desbloquear o aparelho podem levar de 20 a 30 dias.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)