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Urubici é cenário do longa ‘Tração’, onde duble realiza salto de 800 metros, inédito no Brasil. E, mais: em SC 11 cidades amanheceram abaixo de 0ºC

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Vista geral da cidade de Urubici

Em um único take, Gabriel Lott protagonizou salto inédito no Brasil para o filme “Tração”: “fiquei semanas calculando todos os riscos”

Em 2021, Marcos Pasquim pega uma estrada inédita no cinema brasileiro, com a estreia do filme Tração, longa do ator e diretor André Luís Camargo sobre o universo do motociclismo.

Mas se o galã garante a atuação e a dramaturgia, quem entra em cena para garantir a ação é o base jumper profissional Gabriel Lott, dublê de Pasquim.

Duas vezes campeão mundial, o atleta falou com exclusividade à GQ Brasil sobre a experiência no filme, em protagoniza um salto de um penhasco de 800m de altura: "Não há como dizer que não existe risco em uma cena dessa.

O esporte basejump já é em si arriscado, mas com a moto a complexidade aumentou e como nunca havia sido feito um saltos desses no Brasil, foi difícil ter referências para consulta", disse Gabriel.

A cena em questão ganhou um paralelo famoso no cinema recente, com Tom Cruise em Missão: Impossível 7. O ator americano ganhou os holofotes ao dispensar o dublê e repetir um salto semelhante 106 vezes com um tornozelo quebrado.

Uma missão possível para o astro, mas que custou, sozinha, 18 milhões de dólares à produção do filme. Uma realidade muito diferente da produção independente de Tração, gravada dois meses antes.

Para o filme brasileiro, o cenário escolhido foi o Cânion do Espraiado, na serra catarinense. O desafio era considerar o orçamento do dublê, logística da equipe até o cânion, estrutura, paraquedas e tudo mais, um valor total superior a 130 mil reais - para uma cena com menos um minuto e meio de duração. Entra Gabriel e sua expertise.

Mas o desafio estava longe de terminar. Com o dublê garantido, a cena tinha apenas uma chance de ser gravada: "A cena foi feita apenas uma vez. Nós sabíamos que só teríamos uma oportunidade. Mas todos os câmeras que estavam por lá gabaritaram na captação das imagens".

Ninguém nunca havia feito um salto direto da beira de um cânion na América Latina. A produção exigiu um paraquedas especifico para o salto, o suporte local e uma equipe técnica de mais de 30 pessoas.

O local era de difícil acesso e foram várias viagens com uma caminhonete especial 4x4. A captação foi feita por dois drones e três câmeras. Mas mesmo com toda a dificuldade, Gabriel conseguiu realizar o salto com perfeição - e leva boas lembranças da experiência:

"A produção foi excelente, todos muito profissionais e me deixaram muito à vontade para poder focar no salto, eles compreenderam que era algo complexo e não houve pressão nenhuma para a execução", conta.

Lott ainda fala sobre o contato com Pasquim: "ele me ajudou na preparação da pista que eu percorreria antes do salto e inclusive 'meteu a mão na massa', pegou o facão e me ajudou a capinar [risos]". Resta saber, entre Pasquim e Lott, quem é o Tom Cruise brasileiro.

Ainda sem data de estreia confirmada, Tração segue o melhor estilo Velozes & Furiosos, focando em um grupo de pilotos de motos que, convidado a participar de uma competição, acaba se envolvendo em uma trama de intrigas - mas é também o primeiro filme nacional a abordar o universo motoqueiro em profundidade.

A ideia veio do próprio diretor, André Camargo, que foi piloto de motocross na década de 90, com participações em provas nacionais e internacionais. Além de Pasquim, o elenco ainda conta com Nelson Freitas, Mauricio Meirelles, André Ramiro, Paola Rodrigues e Bruna Altieri.

Veja abaixo a íntegra do papo com Gabriel Lott:

GQ Brasil: Essa é a primeira vez que você faz cinema? Como foi a experiência com a produção?
Gabriel Lott:
 Cinema foi a primeira vez mas já havia gravado para TV algumas vezes.

GQ Brasil: Frente às câmeras, você precisou trabalhar algo como postura ou incluir algum maneirismo de atuação, propriamente dizendo?
Gabriel Lott:
 A experiência com a produção foi excelente, todos muito profissionais e me deixaram muito à vontade para poder focar no salto, eles compreenderam que era algo complexo e não houve pressão nenhuma para a execução.

Como eu não falaria nada, apenas faria o salto, foi tranquilo. Não precisei trabalhar nos maneirismos ou postura pois estava apenas fazendo o meu esporte.

GQ Brasil: Quantas vezes você repetiu a cena?
Gabriel Lott:
 A cena foi feita apenas uma vez. Nós sabíamos que só teríamos uma oportunidade. Mas todos os câmeras que estavam por lá gabaritaram na captação das imagens.


GQ Brasil: O dublê já é, em si, uma medida de proteção da produção. Mas e para você, o take foi arriscado? Tinha alguma segurança?
Gabriel Lott:
 Não há como dizer que não existe risco em uma cena dessa. O basejump já é em si arriscado, mas com a moto a complexidade aumentou e como nunca havia sido feito um saltos desses no Brasil, foi difícil ter referências para consulta. Desta forma eu fiquei imaginando o salto por algumas semanas e calculando todos os riscos.

Como eu já competi de motocross alguns anos na minha vida e já pratico o Basejump há 10 anos eu consegui fazer o salto com o máximo de segurança possível. Logicamente o foco era em me resguardar, então pensei em todos os erros que poderiam ocorrer e o que eu faria para corrigi-los. Mas no fim a segurança era o meu paraquedas. [risos]

GQ Brasil: Qual moto foi usada na gravação?
Gabriel Lott:
 A moto usada foi uma Honda CRF-450.

GQ Brasil: Você chegou a conhecer Marcos Pasquim? Ele te deu alguma dica (ou você deu alguma dica a ele)?
Gabriel Lott:
 Tive o prazer de conhecer o Marcos Pasquim, ele me ajudou na preparação da pista que eu percorreria antes do salto e inclusive "meteu a mão na massa", pegou o facão e me ajudou a capinar [risos]. Se mostrou um cara muito humilde e amigo.

 

GQ Brasil: O dublê já é, em si, uma medida de proteção da produção. Mas e para você, o take foi arriscado? Tinha alguma segurança?
Gabriel Lott:
 Não há como dizer que não existe risco em uma cena dessa. O basejump já é em si arriscado, mas com a moto a complexidade aumentou e como nunca havia sido feito um saltos desses no Brasil, foi difícil ter referências para consulta. Desta forma eu fiquei imaginando o salto por algumas semanas e calculando todos os riscos.

Como eu já competi de motocross alguns anos na minha vida e já pratico o Basejump há 10 anos eu consegui fazer o salto com o máximo de segurança possível. Logicamente o foco era em me resguardar, então pensei em todos os erros que poderiam ocorrer e o que eu faria para corrigi-los. Mas no fim a segurança era o meu paraquedas. [risos]

GQ Brasil: Qual moto foi usada na gravação?
Gabriel Lott:
 A moto usada foi uma Honda CRF-450.

GQ Brasil: Você chegou a conhecer Marcos Pasquim? Ele te deu alguma dica (ou você deu alguma dica a ele)?
Gabriel Lott:
 Tive o prazer de conhecer o Marcos Pasquim, ele me ajudou na preparação da pista que eu percorreria antes do salto e inclusive "meteu a mão na massa", pegou o facão e me ajudou a capinar [risos]. Se mostrou um cara muito humilde e amigo.

Fonte: Portal Urubici -Texto: José Santana – Fotos: Capa, Viagens e Caminhos e Reprodução da equipe do filme – Postado por ReporterArturHugenBrasil

Ao menos 11 cidades de Santa Catarina amanheceram abaixo de 0ºC

Ao menos 11 cidades de Santa Catarina amanheceram com temperaturas negativas nesta segunda-feira (19). A menor foi registrada em Urupema, na região serrana, que chegou a marca de -6,58ºC por volta das 7h, segundo a Epagri/Ciram.

Também houve temperatura negativa em Urubici, com -5,26ºC, e São Joaquim, com -4,13ºC. Em Bom Jardim da Serra, houve formação de geada durante a manhã. A mínima no município foi de -5ºC, de acordo com a prefeitura.

Já no Meio-Oeste do Estado, a menor temperatura foi em Caçador com -1,05ºC. Em Florianópolis, os termômetros chegaram 4,5ºC por volta das 7h.

Nesta segunda-feira (19), o dia deve ser de tempo firme em Santa Catarina, e as máximas não devem passar de 20°C. Na região mais central do Estado, as mínimas variam entre 0°C e 5°C. No litoral, 8°C a 15°C, e, nos demais pontos, de 4 a 7°C.

À tarde, as máximas chegam aos 15°C no Sul e variam de 16°C a 21°C em boa parte de Santa Catarina. Pode haver rajadas de ventos ocasionais em torno de 40 km por hora no Litoral Sul e nas áreas altas de Santa Catarina.

Conforme a Epagri, na terça-feira (20) também há possibilidade de temperatura negativa e geada isolada na Serra Catarinense. Porém, durante o dia, os temperaturas devem subir em todo Estado, que segue com previsão de sol com poucas nuvens.

Confira as cidades com temperaturas negativas:

Fonte: Portal Urubici - Fotos: Mychel Legnaghi - Divulgação – Postado por ReporterArturHugenBrasil