O sol brilhou, o tempo colaborou. É a retomada da Festa da Colônia de Gramado, evento considerado o mais querido dos mora dores da cidade. Em 2024, a edição que prometia ser a maior da história, precisou ser interrompida. A catástrofe climática atingiu o Estado e, no interior gramadense, não foi diferente: sete pessoas morreram soterradas, por deslizamentos de terra.
Mas, esta 34ª festa é de celebração: pela vida, pelo retorno do evento e pelos encontros que são permitidos, em um evento gratuito no Expogramado, que terá duração de 18 dias, pois seuirá até 18 de maio. Os fornos já estavam acesos desde a quarta-feira, dia 30, e a abertura oficial foi na manhã da quinta, dia 1º, com a presença de autoridades no palco principal.
Altas expectativas
Com o feriadão de 1º de maio, Dia do Trabalhador, a Região das Hortênsias registra grande movimentação. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) estimava que mais de 125 mil veícu[los passassem pelas praças de pedágio. E esse volume de visitantes deve impactar os próximos dias da festa.
Sentiu o cheiro?
Márcia Fassbinder está com a família na tradicional venda de bolinhos de batata. “Ótima expectativa, esperamos recorde nesta festa”, conta. Ela acredita que será possível vender entre 70 e 80 mil bolinhos. E para isso, há dois anos não fazem reajuste nos preços.
Soberanas se despedem do reinado nesta edição
Neste ano, no último dia da festa, há a escolha da nova corte. A rainha Julia Fritsch, da Linha Quilombo, e as princesas Manuela Cavichion, da Furna, e Ana Paula Thomazi, da Gambelo, espedem-se após três anos. “Queremos superar as expectativas de público”, fala Julia. “Temos um sentimento de gratidão por termos vivido esses três anos”, reitera Manuela “Estamos ansiosas para conhecer as candidatas. E esperamos que todo mundo tenha gostado da nossa corte, deixamos garra, firmeza, pontualidade, comunicação, entregamos nosso melhor”, diz Ana. Soberanas da Festa da Colônia de Gramado e os pais da rainha, que também trabalham no interior para as meninas, o fim de ciclo começa a se tornar real.
História
O turista ficava em média 2.5 dias em Gramado, mas depois que começamos a divulgar os atrativos do interior este índice subiu e, graças a visão do prefeito, à época, Pedro Henrique Bertoluci, foi criada a Festa da Colônia, cujo presidente foi Noréh Michalski e o capataz Nailor Balzaretti. Após muito dialogo, finalmente, a festa veio para o centro de Gramado e se tornou um dos seus maiores atrativos, entre eles, o desfile de carros de boi.
Produtos personalizados
Professora de História, Jéssica Roosen Runge Hugen, deixou sua missão de professora de história para seguir os passos de sua mãe, Brita Rossen Runge, que foi quem criou o Artesanato Koala de Gramdo. Daí surgiu O Gramor Arts., presente há oito anos fortalecendo o evento. A artesã é natural da cidade. filha de jornalista, um dos pioneiros de Gramado. No ano de 1980 a sua avó, Dona Maria, trouxe um livro sobre artesanato da Alemanha,
O livro ensinava uma nova técnica de corte. Minha mãe, dona Brita, começou a fazer artesanato diferenciado e meu pai saia para e vender anúncios e fazer reportagens, para o Guia Serramar, quando aproveitou também para vender a pequena produção de altíssima qualidade. Nos anos 90, com entrada dos produtos do Paraguai, as vendas caíram e ela parou de produzir”, relembra.
“Há cerca de oito anos, a mãe viu algo na Internet e ainda tinha as máquinas. Resolveu fazer, as pessoas se interessaram, e ela voltou a vender. Como ela tem o sítio, cuida também dos animais, deixou de fazer e eu comecei, estou há cinco anos ajudando e há três anos, apenas me dedico só ao artesanato. Deixei minha profissão no magistério”, conta.
Os brinquedos são trabalhados com lógica, coordenação motora fina e foi ali que criei a Gramor Arts. Acrescentei, habilidades relata Jesisca, e criei outros brinquedos tradicionais não mais trabalhados na cidade. “E é um quebra-cabeça não planejado mas eu vi sua aceitação pelo público e fui acrecxentando e desenvolvimento com apoio do meu pequeno e muito especial filho Enzo, e o pai Paulo, uma linha única e feitas manualmente, que levam entre 3 a 4 horas para se fazer uma peça. São cerrados, lixados e pintados a mão no pincel".
"Também me dedico a outras técnicas, mas principalmente, aos brinquedos de madeira, que a são nosso carro-chefe. É um processo bem artesanal”, revela. "Há opções, inclusive, para adultos; fazemos artesanato personalizados, como cães e gatos, que os clientes pedem conforme seus bichinhos de estimação" diz.
Junto à Festa da Colônia, também foi iniciado no pavilhão do Expogramado a 'Feira Feito em Gramado'. Os mais de 100 expositores estão otimistas, principalmente, com este feriadão. Também com entrada gratuita, a solenidade de abertura oficial reunião um grande público,
O secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, André Castilhos, conta que antes do início do evento, os participantes tiveram a oportunidade de passar por qualificações. Nos dias 15 e 17 de abril, ocorreram workshops sobre os temas “Como transformar espaços comerciais para vender mais” e a “A arte de encantar”.
O objetivo foi capacitar aos participantes a otimização de seus estandes, aprimorar técnicas de atendimento e maximizar os resultados de vendas durante a feira. “A qualificação dos nossos expositores é fundamental para que o público tenha uma experiência ainda mais positiva e para que os negócios prosperem durante o 'Feito a mão'”, destacou.
A feira abre de domingo a quinta-feira, das 10 às 20 horas, e nas sextas, sábados e feriados, das 10h às 21h, e conta além dos expositores com praça de alimentação e shows.
Da Redação, com Infos - Imagem - Divulgação postado por Artur Hugen
09 de Maio, 2025 às 08:07
09 de Maio, 2025 às 07:59